segunda-feira, 21 de setembro de 2009

De mudança.

Armários, roupas, portas, gavetas, chaves, papéis, lembranças inúteis. Fotos, janelas, recentes ensaios. Gotas espalhadas pelo vento. Nada mais fazia sentido. Eu estava de mudança, de novo... para o mesmo lugar de onde saíra.
Não queria gritar, nem assustar, nem ser incrédula mais uma vez, nem me esconder no porta-retrato. Nem ficar mais nas sombras diante de tantas luzes. Nem remoer falsas esperanças. Ouvia meu rock preferido. Me revoltava contra o inimigo. Contra tantos inimigos de quem eu nada sabia. E contra um que eu desconhecia ao mesmo tempo. Tempo...! De dar voltas, chorar, desanimar, retroceder, morrer... e aonde andava o tempo de se abraçar, de recomeçar, de sorrir?
Se eu pudesse derrotar a todos que ficavam me rodeando, talvez estivesse mais feliz.
Queria saber tudo o que não sabia!
Mas, certo dia, revolvi estranhos sentimentos à luz das palavras benditas. Descobri que precisava ser transformada, ou seja, virar outra, e tudo estaria resolvido, ou melhor, eu teria a chave para resolver...
Olhei pra dentro de mim, e descobri o pior inimigo. O mais confuso e curioso: minha vontade.

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