quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O cisco

Certo homem viu um colega que não discernia bem as situações. Ele, então, resolveu estudar o caso. Depois de observações básicas, ele percebeu que o colega tinha um cisco no olho. Imediatamente, alertou:


- Já sei porque você é assim, tão cego! Tem um cisco enorme no seu olho. Me deixe tirar, agora.

Mas o colega, assustado, gritou e fugiu dele, dizendo que ele não seria capaz de ajudar a tirar o cisco.

O homem, inconformado, pensou: "Puxa, tem gente que não quer ser ajudada! Eu me disponho e o cara faz isso comigo! Que absurdo. Ele deve se achar muita coisa pra dizer que eu não sou capaz de tirar um cisco idiota de um olho. Mas ele não é nada, não sabe de nada. Tudo isso é ridículo".

Algum tempo depois, o rapaz que tinha o cisco voltou para perto daquele homem.

- Acho mais fácil eu ajudar você a ver melhor - disse.

Indignado, o homem o xingou. Mas, ao mesmo tempo, ele ficou curioso com um objeto que o jovem trazia numa das mãos. Era um espelho.

- Olhe aqui, por favor. Isso vai explicar minhas atitudes.

O homem olhou, mas não viu muita coisa. Uma parte estava escurecida demais.

- Posso tirar a escuridão daí? - perguntou o moço do cisco.

O homem respirou fundo e fez um gesto afirmativo com a cabeça. Em um momento, ele podia ver muito melhor.

Assustado, ele olhou para as mãos do colega, que logo quebrou o silêncio:

- Como você poderia tirar uma coisa tão pequena do meu olho quando esta trave impedia sua visão?

A partir daquele dia, o homem começou a olhar mais o espelho que para as atitudes de seus colegas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Satisfação

Sobre um comentário que acabei de apagar, dizendo que sou uma péssima profissional:
- Em primeiro lugar, recebo críticas, mas não de anônimos, porque até para criticar a pessoa precisa ter coragem de se expor;
- Em segundo lugar, não é isso que ouço de minhas fontes, dos internautas que leem minhas matérias e nem de meus editores - e, acredite, é a opinião dessas pessoas que realmente importa;
- Em terceiro lugar, o texto em que você deixou o comentário é pessoal e não fala de jornalismo. Aprenda a comentar sobre o tema proposto. Há postagens que falam sobre minha profissão.

Concluindo, provavelmente a pessoa que comentou não tem a mínima propriedade para me criticar. Quanta besteira, meu Deus!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desabafo

Algumas vezes, me sinto tão boba... Provavelmente porque eu sou, mesmo.

Cheia de sonhos e esperanças, afasto o que destrói as minhas forças. Mas é interessante como uma experiência - que nem é minha, para falar a verdade - consegue arrancar uma confiança que acreditei ser plausível e concreta.

Sim, eu tenho muitas dificuldades para confiar... e mais motivos para desconfiar. Acho que muita gente tem. Passamos por tantas situações desagradáveis, malignas, manipuladas, que perdemos quase que totalmente a capacidade de confiar plenamente em alguém.

Isso acontece quando outras coisas - e pessoas, claro - estão tomando o lugar de Deus. Sentimos vazio pela falta dele, que não pode ser suprida por nenhuma outra coisa. Pelo menos não de verdade. Então, vamos nos iludindo...

Mas eu sei que para mim ainda há um caminho de esperança. E, se me permito dizer isso, de felicidade. Mesmo que eu não veja. Também não vejo o vento, mas sei que está lá. Sinto, até. E agora, peço que o vento do Espírito de Deus sopre em mim e em você, desistindo de minha presunção humana, para que possamos ser guiados pelos caminhos certos e de paz...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O fim do mundo

Ontem eu fiquei na empresa 4 horas a mais, e não foi por hora extra. Claro que seria ótimo se me pagassem, mas acho que teria que exigir o pagamento da natureza ou das nuvens... Isso porque fiquei literalmente ilhada na empresa! Gente, ninguém merece!

Mas foi isso mesmo! A rua da empresa parecia um rio, com água no nível da janela de um carro estacionado ali. Que desespero quando percebemos que realmente era impossível chegar até o metrô. E tem duas estações bem pertinho, gente.

No começo, nos divertimos, tiramos foto e tudo da tragédia. Só que depois de algumas horas, ninguém aguentava mais. Jogamos até "stop" para nos distrairmos um pouco... Se fosse dia de fechar as pautas, talvez eu tivesse adiantado o trabalho, mas nenhuma fonte havia dado entrevistas ainda. Agradeci a Deus por ter levado meu exemplar de "Eclipse" para o trabalho ontem. Mesmo. Li uns bons 3 capítulos. Lamentei ter esquecido minha Bíblia. Precisava de uma Palavra naquelas horas!

Quando finalmente conseguimos sair da empresa e chegar no metrô - o que foi praticamente uma "aventura" de pés molhados numa água nada confiável -, estávamos cansados e muito aliviados. Dentro do vagão, minhas colegas começaram a brincar que o ano era, na verdade, 2012 - e que este seria o fim do mundo. Eu ri.

Não gente, o fim do mundo é milhões de vezes mais assustador que as enchentes. Mas sei que os que confiarem em Jesus e estiverem com ele, irão para um lugar bem melhor.

E tchau para os achismos e medos.