sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Escola de culinária para crianças

Trabalhar, dar conta da casa, marido e de filhos é mesmo um grande desafio. Principalmente quando o trabalho exige muitas horas de nosso dia, e sobra pouco tempo para pensar em detalhes como a roupa ou mesmo no tipo de alimentação dos pequenos. Para muitos pais, é difícil ensinar para as crianças a importância de consumir todo tipo de nutriente, inclusive as vitaminas presentes em legumes, verduras e frutas - que algumas vezes acabam mal vistos por meninos e meninas, em especial pelo sabor diferente.

Divulgação/Minichefs

De olho nessa dificuldade, surgiu a escola MiniChefs, que percorre as capitais brasileiras desde 2009. Voltada para crianças a partir de quatro a 12 anos, ela oferece cursos para atender às necessidades específicas de cada faixa etária. "Nosso objetivo é mostrar para crianças (e também pais) que uma culinária mais saudável, que foque em vegetais e frutas, pode ser gostosa e divertida", afirma coordenadora do espaço MiniChefs, Luciana Bischoff.

Com essa proposta, a instituição mistura, em sua equipe, profissionais da área de educação e nutrição. Os pequenos participam de aulas em que aprendem como preparar pratos simples e nutritivos. O ponto alto é o momento em que eles literalmente colocam a mão na massa - e, claro, se divertem bastante. Depois, experimentam o alimento e ainda levam uma amostra para os pais saborearem em casa.

A consultora e chef de cozinha, Ana Luisa Favaretto, explica que, aprendendo de forma lúdica, fica mais fácil para os pequenos experimentarem novos alimentos. "Nas aulinhas, o MiniChef descobre uma maneira divertida e saborosa de experimentar as verduras, legumes e frutas, aprendendo a misturar ingredientes saudáveis, mas não menos saborosos e acaba levando isso pro seu dia-a-dia".

As receitas são, em sua maioria, aquelas básicas do nosso dia-a-dia, porém com atrativos para as crianças. Assim, elas não estranham o cardápio oferecido em casa. "Nós fazemos pequenas mudanças em receitas já existentes, como uma simples salada de atum com alface em que as crianças conseguem montar barquinhos a partir desses mesmos ingredientes", conta Luciana.

Segundo a coordenadora, o conteúdo e a forma das aulas trazem vários benefícios, tanto para os pequenos como para os familiares. "Apresentamos para as crianças novos hábitos alimentares, estimulamos a criatividade e a coordenação motora com elas quando ensinamos as receitas, incentivamos o trabalho em grupo - isso faz com que as crianças se socializem utilizando utensílios domésticos de seus colegas e ainda promovemos um maior relacionamento com os pais, já que as crianças levam o livro de receitas para casa para repetir a aula com os pais e familiares."

Como os aluninhos também preparam as receitas, acabam aprendendo também a manusear utensílios domésticos de maneira segura. Com tantos benefícios, as aulas conquistaram inclusive a aprovação de pais e mães. "Achei o curso muito interessante, pois aguçou ainda mais a curiosidade da minha filha e o prazer perante o ato de cozinhar. Também a deixou mais ligada ao aspecto de segurança na cozinha", diz Carolina Leite, mãe da MiniChef Amanda.

Quem gostou da ideia e quer conhecer melhor a escola pode acessar o site www.minichefs.com.br. Pode ser uma boa pedida para melhorar a alimentação das crianças em casa, na escola ou em qualquer outro lugar.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Paradoxo

Desde bebê, quando estamos com sono, lutamos contra ele. Mas podemos dormir.

Procuramos incertezas. Coisas que não queremos sentir.

Como disse Paulo, "o bem que eu quero, esse não faço. O mal, que não quero, esse faço". É tão interessante essa afirmação... O bem pode ser algo que não nos levará ao caminho certo, como está em Eclesiastes - há um caminho que ao homem parece bom, mas ao seu fim é caminho de morte. Ou pode ainda ser o bem de verdade, mas que ele não consegue praticar porque está preso a alguma coisa.

Esperamos tanto por certas coisas e, quando elas finalmente vêm, já não fazem sentido.

Podemos até tomar decisões, saber que estão certas, mas não entender porque as tomamos!

Isso angustia, é estranho demais. Somos todos paradoxos por dentro. E alguns são também por fora.

Queria entender porque não consigo simplesmente desistir quando não tenho mais forças. Porque choro de vez em quando. Porque tudo mudou tanto.

Passa por mim o vento. Como ele, não vejo minha fé, mas posso sentir.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Viagem de metrô



Como muitas garotas de cidade grande, pego o metrô para trabalhar. É ótimo naõ precisar usar - nem esperar, principalmente - ônibus. O tempo de viagem é reduzidíssimo, levando em conta o fato de que atravesso a cidade.

Há pessoas andando, correndo atrasadas. Fico brava todas as vezes que o trem parte bem na hora que chego na plataforma. Corro para entrar, mesmo quando estou adiantada.As pessoas olham para mim...

Sim, os passageiros olham para qualquer um que entre no vagão. Minhas unhas compridas e vinho, minha blusa com alguns dizeres chamam à atenção sem que eu realmente goste disso. Sento-me em algum canto isolado, ou me equilibro de pé, sozinha, de novo.

Tantas futilidades. Mais tarde, consigo me sentar um pouco, depois que um casal se levanta. Olho para a janela da mesma forma quando aparece o nada ou alguma pessoa numa plataforma de estação. Só quero esquecer, passar sem que ninguém veja. Mas não consigo.

De repente, uma cena me tortura do lado de fora. Por que tantos casais pra aparecer, por quê? Olho novamente o nada, sem nada ver. Agora, a ferida está exposta de novo. Olho para meu reflexo no vidro, esgotada. as lágrimas querendo sair em meio aos estranhos. Porém não saem.

Olho para meu futuro, cansada. Finalmente, a viagem termina. E posso mergulhar em outros textos, para sentir certo alívio. Até quando?

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Trabalho e filhos pequenos - dá para conciliar?

No mundo dos famosos, há exemplos de mulheres que deram um jeito de conciliar diversos trabalhos e o cuidado com os filhos: a atriz Angelina Jolie tem nada menos que seis pequenos, e em terras nacionais a modelo e atriz Fernanda Lima é mãe dedicada para seus filhos, os gêmeos João e Francisco.

Mas é claro que o dinheiro ajuda bastante nesses casos. Elas podem contratar babás, faxineiras, cozinheiras para ajudar com as coisas de casa e cuidar das crianças enquanto elas estão trabalhando. Mas, quando se tem filhos sem ter muitas riquezas, tudo fica bem mais complicado.

Esse é o caso de Leyza Araújo. Manicure desde mocinha, hoje ela possui seu próprio salão de beleza - pequeno, mas charmoso, em São Paulo. O fato é que ela se vira bem com a administração de seu negócio e a assistência aos filhos, Kamila, de 12 anos, e Daniel, de oito.

 Leyza e os filhos

"Trabalho com hora marcada, por isso posso conciliar as duas coisas, cuidar dos meus filhos e trabalhar", conta. Apesar disso, a rotina de Leyza não é fácil. "Levanto às seis da manhã, levo a Kamila na escola - ela entra às sete. Volto para abrir o salão às oito e atendo os clientes até 11h. Depois, vou para casa arrumar o Daniel, levá-lo à escola e buscar a Kamila, porque os dois estudam no mesmo lugar, só que em horários diferentes. Retorno ao salão e espero o horário de buscar o Dani, por volta das 17h. Finalmente, vou para casa no final do dia, arrumar tudo, preparar o jantar, etc."

Ufa! É uma correria só, mas a manicure não reclama. Faz questão de acompanhar seus pequenos o máximo que pode, mesmo que tenha que ir dormir tarde e acordar cedo quase todos os dias. No sábado - dia de maior movimento no salão - Leyza leva Kamila e Daniel para o local de trabalho.
Para se dedicar aos filhotes e ao trabalho, ela conta, claro, com ajudantes. As funcionárias de seu salão de beleza são confiáveis, e cuidam do local quando a mamãe coruja está fora. Os filhos também foram ensinados a se adaptar à rotina.

"O segredo para tudo isso é disposição, e me sinto uma privilegiada, pois posso cuidar da minha família e trabalhar, graças a Deus", fala a manicure. Para ela, o esforço vale a pena sim, porque não existe ninguém melhor que a mãe para cuidar dos filhotes.

Assim como Leyza, há muitas mulheres que se desdobram em mil e conseguem dar conta dos filhos e do trabalho. Apesar de existirem momentos em que é preciso se dedicar mais a uma coisa - como uma reunião importante ou quando o filho adoece -, a conciliação é possível.

Se você não tem um emprego flexível como o da manicure, não se preocupe. Para os filhos, o importante é a qualidade do tempo que vocês passam juntos, e a sua dedicação a eles. Seus pequenos percebem quando você está fazendo o máximo para ficar mais perto deles. O que não vale é precisar - ou desejar muito - trabalhar e não fazer isso só para ficar em casa com as crianças. Isso pode deixar você frustrada mais tarde, culpando seus filhos pela ausência de uma carreira de sucesso.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sumi de novo!

Ok, sei que sumi por vários dias... Mas vida de estudante é assim, o mês de novembro é algo crucial na faculdade - se não entregar os trabalhos, pega exame e, provavelmente, uma bela DP, que custa a metade da mensalidade! (e olha que não é pouco)

Então, sumi, mas voltei hoje. Amo escrever aqui. E, aproveitando a deixa, agradeço a cada um que dispõe um poquinho de seu tempo para ler meus textos. Com tanta coisa na internet, esse pessoal é mesmo corajoso, parabéns! hauahua

Depois de parecer um zumbi por algumas semanas, hoje posso dizer que vou dormir bem! E depois de ficar louca, com tudo acumulado para entregar na facul e no trabalho, estou de férias, e passei direto! Uhuu! Parece bobagem, mas quando você percebe que tudo acabou bem - e que você, sua família, ministério, namoro e vida social sobreviveram -, fica super feliz! rs

Agora, o pessoal que espera pacientemente por um tempo meu, tem grandes possibilidades de dar uma volta comigo pelo shopping, lojas, lanchonetes, museu, parques e afins. Vou mesmo tentar conciliar tudinho com o trabalho e compromissos.

Portanto, beijos e valeu a paciência.

Poética

Hoje estou duvidando. De quase tudo. Não do que confio, mas do que escolho confiar.
Hoje estou pensando, confusa. Não com minhas convicções, mas com meu futuro, breve.
Hoje estou me sentindo um pouco mais sozinha. Um pouco mais humana. Um pouco menos digna...
Preciso de certezas, acertos e ações.
Preciso de recomeços e ligações. Preciso da paz que excede o entendimento.
E assim, curiosamente, também não me reconheço; deveria estar chorando turbilhões, deveriam estar descontroladas minhas emoções.
Mas não, não. Dominei as sensações, sem lágrimas, sem choro. Sem esperar para ser frustrada.
Ainda tenho essa certeza de verdade, da verdade que tenho em mim. Ainda creio que a história terá um outro fim...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Estresse também atinge crianças

O estresse é um dos males mais comuns nos dias de hoje. Tanto que é bem difícil encontrar um adulto que nunca tenha sofrido com isso pelo menos uma vez na vida.



Só que agora a doença, que muitas vezes é fruto de sobrecarga de obrigações e preocupações, tem abatido também as crianças e até bebês.

Pois é. O fato alarmante é observado cada dia mais por especialistas. Segundo a pediatra Patrícia Pessoa de Mello, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o estresse pode aparecer desde muito cedo, sendo comum entre os bebês com nove a 18 meses de idade. "Essa é uma fase de grandes mudanças na vida dos pequenos, como por exemplo, quando precisam se separar da mãe para começar a frequentar a escola", explica.

Aliás, as mudanças no cotidiano do pequeno podem mesmo causar um estrago no emocional das crianças. Tanto a separação de pessoas queridas e bastante próximas (os pais, normalmente), quanto o luto por alguém de quem ela gostava ou o início da vida escolar são situações completamente novas e inesperadas, difíceis de compreender e aceitar. Pior ainda são os casos de filhos que vivem num ambiente familiar hostil, onde falta amor, atenção e cuidado.

Fatores que deixam os pais estressados também tendem a abater seus filhotes. "As crianças estão vinculadas diretamente com seus cuidadores (pai e mãe) e todo sentimento de angústia que os pais sentem é passado para a criança", alerta a pediatra.

Além do mais, o excesso de preocupações costuma alterar o estado emocional dos menores. Então, os responsáveis devem ser muito cautelosos e cuidar para não deixarem seus filhos sobrecarregados, com muitas atividades diárias. "Nesses casos, os pais acabam esquecendo de que a criança precisa de um tempo para brincar, para desenvolver a parte lúdica. Além de ser divertida, a brincadeira é uma forma de relaxar", lembra Patrícia.

A criança estressada em geral dá vários sinais de que alguma coisa está errada. A médica recomenda que "os pais devem ficar atentos a mudanças do comportamento habitual de seu filho, se há um aumento da irritabilidade, teimosia excessiva, tiques nervosos, roer unhas, alteração do sono, instabilidade emocional, enurese noturna (xixi na cama) e várias queixas de dores". Outros possíveis sinais são a gagueira e a hiperatividade.

Detectada a presença de estresse, é bom que os responsáveis procurem um especialista, já que, como os pais são muitas vezes os causadores do mal nos filhos, será difícil lidar com o problema sem ajuda profissional. Mas é claro que a família terá um papel essencial durante o tratamento. "Para combater o estresse, é preciso procurar orientação psicológica adequada, psicoterapia, sessões de relaxamento, brincadeiras e passeios. Assim como o combate, a prevenção do estresse também se faz por meio de um ambiente seguro, agradável e divertido para a criança", finaliza Patrícia.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Depressão pós-parto: quando a mãe não se interessa pelo bebê

Indisposição, sentimento constante de tristeza e raiva, culpa. Essas são algumas sensações que várias mães experimentam durante a gravidez ou mesmo depois do parto. Longe de serem apenas "frescura", tais sintomas podem indicar uma doença séria. E esse mal tem nome: depressão pós-parto.



Ao contrário do que se acredita, ela é cada vez mais comum, e não escolhe idade, classe social ou estilo de vida. O fato de o filho ter sido planejado ou de a família ser estruturada também não evita que a mulher fique doente.

O assunto polêmico foi retratado com realismo no filme "O Estranho em Mim" (2008), dirigido por Emily Atef e vencedor da Competição de Novos Diretores da 32ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O drama conta a história de um casal que espera pelo primeiro filho. Logo no início, as cenas mostram Rebecca (Susanne Wolff) e Julian (Johann von Buelow) felizes e dedicados ao futuro bebê. Depois, a sequência em que Rebecca já está deprimida choca a plateia.

Quando Lukas nasce, a mãe se vê triste, tem crises de choro constantes e começa a se isolar. A mulher também não se interessa pelo filho. A coisa piora depois que ela oferece o seio e o pequeno não consegue mamar. Ele rejeita o leite porque, claro, sente a tensão de Rebecca.

Depois de algumas semanas, a mãe fica tão incomodada com a presença da criança que pensa em afogá-la, porém não tem coragem. Sem entender a situação, o pai se irrita com a esposa. Julian na verdade está confuso e revela mais tarde que acredita que a mulher o culpe pela depressão. A família só percebe que a mãe está doente quando ela foge de casa e é encontrada inconsciente num campo e levada a uma clínica médica. O tratamento é baseado principalmente em terapia. A mãe também recebe acompanhamento para aprender a lidar com seu filhinho.

Vida real


Como a vida imita a arte (e vice-versa), há casos reais e parecidos com a trama. A professora de inglês Julien Baida Katko, 31 anos, é um bom exemplo disso. Ela conta que, da mesma forma que a personagem, teve uma gravidez tranquila, se sentia bem disposta e feliz. Julien trabalhou durante os nove meses e engordou pouco.

Tudo parecia perfeito, até que a pequena Giovanna chegou. Depois do parto, a nova mamãe passou a ter sentimentos diferentes. "Logo nos primeiros dias já comecei a me sentir muito triste e chorosa, pensei que tudo iria passar, sendo que pelo que sabia era normal se sentir assim, mas a cada dia me sentia pior. Não tinha vontade de comer, não conseguia dormir, chorava muito, sentia uma angústia horrível em meu coração, me sentia infeliz, sozinha... e culpada, pois o que sempre sonhei era ser mãe e quando ocorreu eu não queria mais! Essa culpa dói, machuca e faz com a depressão piore", recorda.

Com tantas sensações ruins, Julien não conseguia dar a devida atenção à filha, simplesmente cuidava dela por obrigação. No início, a família não entendeu o que estava acontecendo com a professora. Assim que percebeu que algo estava errado, a mãe de Julien a levou a um psiquiatra.

E o ideal é mesmo procurar ajuda profissional após algum tempo com sintomas como ansiedade, angústia e falta de interesse pelo bebê. A chamada "melancolia pós-parto", mais comum e menos grave que a depressão, apresenta sintomas semelhantes e tende a passar sozinha dentro de duas semanas. Depois disso, o mal estar já pode ser classificado como doença e precisa ser tratado como tal.

Para tanto, o primeiro passo é tomar consciência da situação, o que costuma ser a parte mais difícil. "Eu não conseguia acreditar que estava com depressão pós-parto, não conseguia aceitar a doença, não queria aceitar o tratamento forte, pois tinha que desmamar a Giovanna, e eu pensava que a única coisa boa que eu dava a ela era o meu peito. Mas tenho que admitir que o fazia sem vontade, sem amor", lembra a professora.

Ela acabou aceitando sua condição e a ajuda. Superou a doença com tratamento psiquiátrico, antidepressivos e algumas sessões de terapia para aceitar a doença. "Mas o meu maior remédio sempre foi a Giovanna que, mesmo me vendo chorar, sorria para mim e dizia com os olhos: ‘mamãe, não chora, tudo vai ficar bem’".

E não é que ficou mesmo? Hoje, Julien comemora a vitória contra a depressão pós-parto e agradece a paciência, ajuda e atenção oferecidas pelas pessoas próximas, especialmente pelo marido e familiares. "Em muitas horas, eu nem precisava conversar muito ou desabafar. Apenas sentir que tinham pessoas a minha volta prontas a ajudar já dava muita força e conforto. O apoio da família, do marido e de amigos queridos é muito importante".

Reviravolta

Pelo jeito, a experiência da professora valeu mesmo. Tanto que ela resolveu ajudar outras famílias que passam pelo que a dela já passou, criando um blog em que conta sua história e compartilha conselhos com outras mulheres e até homens que enfrentam ou já enfrentaram a doença. O blog "Depressão Pós-Parto" (www.depreposparto.blogspot.com) está recheado de depoimentos e informações importantes e até dicas de Julien para quem está depressiva e precisa reverter a situação. Confira algumas abaixo:

- Não perca tempo sofrendo, procure uma ajuda profissional de qualidade
- Faça o tratamento e acompanhamento médico certinho, não desista
- Não desista de você e muito menos de seu bebê
- Converse com mães e famílias que passaram ou ainda passam pela mesma dor
- Tenha a certeza que a depressão pós-parto tem cura
- Lembre que depressão não é frescura, é doença
- Aceite a ajuda de pessoas próximas

Por Priscilla Nery (MBPress)

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Agradecimento

Meu primeiro estágio me possibilitou aprender muitas coisas. Claro que várias foram na marra mesmo, já que minhas primeiras matérias foram parar logo num site bem acessado, e sem moderação de comentários.

Apesar de receber críticas digamos maldosas sobre algumas de minhas matérias, também recebo elogios de vez em quando, só pra variar um pouco. É como dizem: quando não se gosta de algo, é fácil criticar; mas quando se gosta, poucos têm a coragem de assumir e se manifestar a favor daquilo.

Um dia desses, entrevistei uma dessas pessoas super corajosas, inclusive pela história de vida dela. É um exemplo de superação, jamais vou esquecer. Em agradecimento, posto (acima) a matéria que conta a história dessa mãe especial.

Crianças em restaurantes: não deixe o jantar virar dor de cabeça

É difícil prever o comportamento dos filhos, principalmente quando ainda são pequenos. Por isso, é comum que os pais sejam pegos desprevenidos em algumas situações, por exemplo.

Um jantar com a família no restaurante pode virar uma verdadeira dor de cabeça caso os adultos não saibam lidar com imprevistos ou não tenham o respeito dos filhos.



Para a consultora de etiqueta Ligia Marques, o bom comportamento das crianças em qualquer lugar é reflexo do que os responsáveis ensinam em casa. "Este é um processo de educação contínua onde os pais devem, todos os dias, ensinar seus filhos a se comportarem a mesa. Fica muito mais difícil e fadado ao insucesso querer estabelecer regras de última hora".

Claro que esse processo exige uma postura dos adultos. Eles devem ter regras bem sólidas dentro dos lares, e nunca abrir exceções do tipo "aqui em casa pode", já que os filhos não terão maturidade para considerar limites assim. É muito importante não contrariar as normas: se todos devem comer na mesa e juntos, ninguém pode ir jantar na sala em frente à televisão, por exemplo.

A dona de casa Denize Freitas é da mesma opinião da especialista. Ela constantemente leva seus filhos André, 11 anos, e Felipe, 5, além da neta Mariana, 3, a restaurantes, pizzarias e churrascarias. Como procura educar as crianças, conta que não tem muitos problemas. "Eles normalmente se comportam bem porque são educados, mas é claro que depois de algum tempo não conseguem mais ficar sentados".

Daí, a coisa complica. Apesar de educar bem seus pequenos em casa, Denize lembra que "a maioria dos restaurantes não tem um espaço ou atendimento específico para as crianças e eles acabam por correrem ou transitarem, atrapalhando outros clientes e até mesmo os garçons".

Nesse caso, é melhor tentar distrair o pequeno ou escolher outro ambiente para o jantar. Isso pode poupar os pais de possíveis acidentes ou situações embaraçosas. "O local mais apropriado vai depender bastante da idade das crianças, mas quanto menores mais informal deverá ser o lugar e os pratos devem ser aqueles bem simples, que nutrem bem e não oferecem muita diferença do que estão acostumadas no dia a dia", sugere Ligia. "Pode-se introduzir algum item diferente para que elas se acostumem a novos sabores, mas um prato totalmente novo para elas pode significar volta à cozinha sem ter sido mexido", completa.

Mas, o que fazer quando o pequeno é bem educado e o ambiente foi escolhido de acordo com a idade dele, porém mesmo assim ele não se comporta? O segredo é não se desesperar. É preciso fazer uma análise para descobrir a razão para a desobediência. Pode ser porque os pais não sabem se impor, dão um exemplo que não vale (do tipo faça o que eu digo, não faça o que eu faço), ou até culpa do tipo de linguagem usado para ensinar o filho ou da criança que quer chamar a atenção.

"Temos que fazer uma análise bem honesta, perceber os erros e dificuldades e saneá-los o quanto antes, sem culpa por querermos o melhor para nossos filhos", orienta a consultora de etiqueta.

A solução prática e eficaz pode mesmo ser a correção imediata, no entanto os pais devem considerar o fato de os filhos serem crianças e estarem numa situação atípica. "Quando um filho comporta-se mal, deve ser sempre repreendido, independente de ambiente em que ele esteja", acredita Denize. "Mas, no caso de um restaurante, deve-se levar em conta o tempo deles. Se não há um espaço específico para eles poderem distrair-se, deve-se apenas fazer a refeição, sem prolongar as conversas, saindo logo para evitar constrangimentos", finaliza.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Curso de DJ para a terceira idade

No que você pensa quando ouve falar em DJ? Um jovem com calças largas, boné, tênis e uma corrente no pescoço? Pois esqueça o estereótipo. Hoje, esses profissionais não têm apenas um estilo de roupa e tampouco são apenas jovens.



Quem já está na melhor idade também entrou na dança. Duvida? Então saiba que já existe até um curso voltado para quem já passou dos 50 anos e sonha em fazer sucesso mixando sons.

A ideia pioneira foi da escola "E-Djs", em São Paulo. Há dois meses, eles perceberam que havia procura dos cursos por pessoas mais velhas e resolveram implantar aulas especiais para esse público. Nas palavras da DJ Lisa Bueno, diretora do projeto, o objetivo é "resgatar o prazer da música como hobby e profissionalmente. Só depende do rumo que os alunos quiserem tomar".

E parece que investir no pessoal mais velho está dando bons resultados. "Tenho um aluno de 58 anos, DJ Nilson Cotrim, que já toca profissionalmente, e outros sete que estão se preparando", comemora a diretora. De acordo com ela, o sucesso foi possível pelo fato de o universo musical ser tão democrático. "A música não tem idade".

O requisito básico para participar do curso é ter mais de 50 anos. Claro que a força de vontade também conta, como em qualquer processo de aprendizado. Quem tem vontade, disposição e paciência para se dedicar a cada etapa, com certeza já sai na frente.

As aulas são normalmente individuais e não é preciso ter conhecimentos sobre os aparelhos ou mixagem. Tudo será aprendido na escola. Portanto, os assuntos são bem diferenciados: Disparo; Contagem Musical; Equalização Básica; Técnicas de mixagem com cd; Técnicas de mixagem com vinil; Conhecimento de todos os estilos musicais e vertentes; Montagem, regulagem e ligação de equipamentos.

A duração do curso é de quatro meses quando o aluno optar por fazer uma aula por semana. Mas, para quem tem pressa, é possível terminar mais rápido. Basta combinar e marcar duas ou mais aulas na mesma semana.

Acompanhando a exclusividade desse tipo de curso voltado para o público da terceira idade, o preço também é especial (e agora promocional): R$ 180 por mês. Estudantes regulares pagam a mensalidade de R$ 195. Quem se interessou pode entrar em contato pelos telefones (11)3331-0898 ou 3331-0898, ou ainda pelo e-mail: e-djs@e-djs.com.br.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Perdoar é difícil, mas faz bem

Perdoar sempre foi uma das maiores dificuldades nos relacionamentos. Afinal, lidar com sentimentos de indignação, raiva e rancor  é um verdadeiro desafio para qualquer um, seja homem ou mulher, criança ou idoso, pobre ou rico.E o fato de muita gente não se abrir para perdoar de verdade só piora tudo.





Mário Velloso, advogado e autor do livro "O perdão que não vem" (7 Letras, 2008) lembra que não adianta perdoar só "da boca para fora" ou simplesmente agir como se tivesse perdoado o outro. "O perdão não se mede, não se detecta por um sorriso ou uma palavra, desvinculado da atitude interna de realmente entender o que foi feito. Você não precisa concordar ou aplaudir a ofensa, apenas conviver com a tal afronta de uma forma pacífica, sem revanchismo, sem mágoa", afirma.

Provavelmente, se algumas pessoas reconhecessem como perdoar faz bem, iriam se esforçar mais para isso. Não é à toa que sentimos um alívio danado quando liberamos o perdão para alguém; é a resolução de algo que ficou no ar. Nas palavras do autor, "você se livra de uma pendência que atormentava, abre caminho para seu progresso - seja material ou espiritual, e passa a ter uma consciência mais leve, mais fluída".

Além de proporcionar a sensação de paz, de alívio, perdoar pode até nos dar mais tempo livre para pensar nas coisas boas da vida, a família ou amigos. "Enquanto estamos num processo de embate, de confronto, de litígio aberto, vamos nos acostumando a preencher os intervalos das coisas palpáveis que fazemos (tomar banho, comer, trabalhar, dirigir) com pensamentos ruins e destrutivos, que não nos levam a lugar nenhum", observa Mário.

A chave para conseguir dar o passo para perdoar é não se importar com a reação de quem nos prejudicou. Afinal, essa pessoa pode nos ignorar, continuar nos ofendendo e até zombando de nossa atitude. Aí é a hora de pensarmos: será que isso faz alguma diferença? Em grande parte, não faz. Mesmo que o outro não aceite nosso perdão, poderemos desfrutar de uma vida mais leve e, de nossa parte, a situação estará resolvida.

"Ao perdoar, você mostra ao outro que está tomando uma atitude elevada, e o convida a trabalhar uma divergência num patamar superior. Um dia, quem sabe até pela reiteração do perdão, ele há de perceber que a solução conciliatória é vantajosa para todo mundo", acredita o advogado.

Mas então, se perdoar é bom para todos, por que temos tanta dificuldade para tomar essa decisão? Bom, nossa sociedade em geral não estimula tal ação. Pelo contrário, parece que voltamos aos tempos em que a lei era "olho por olho, dente por dente". Muitas vezes, quem perdoa algo grave, por exemplo, é tido como "bobo".

Quando somos ofendidos, sempre vem alguém e cobra um revide, uma vingança nossa. "Isso não ajuda ninguém, e acaba por deixar o perdão como uma forma de solução ‘de segunda linha’, o que é errado", fala o autor. Na verdade, ele deveria ser nossa primeira escolha.

Mário vê ainda o perdão como um processo, com várias fases: da indignação, por vezes da vergonha, passando à raiva, ao ódio mortal, ao desejo de vingança, entre outras. Não dá pra superar tudo isso do dia para a noite. Portanto, às vezes precisamos de um tempo para perdoar sinceramente.

No geral, pedimos perdão porque ficamos com um fardo imenso e pesado ao descobrir que erramos. As coisas pioram bastante se machucamos uma pessoa frágil, que não sabe lidar com isso, ou alguém que amamos.

Seja lá o que aconteça depois do perdão, "sem dúvida seu horizonte ficará mais otimista. Tem tudo para melhorar um relacionamento travado, e é um passo importantíssimo, próprio de quem está mostrando que quer caminhar, quer evoluir e deixar bons exemplos de vida", diz o advogado. Mas, não se iluda. "No campo de batalha, lidar com situações-limite é extremamente difícil, sofrido e penoso. E ali, na agonia do real, não há regra nem recomendação que prevaleça. Apenas, quem sabe, pensar um pouco mais no assunto contribua para encher uma esquecida gaveta do seu coração com uma munição do bem. Nunca se sabe quando precisaremos dela", completa.

Mesmo com todas as dificuldades, o melhor ainda é perdoar. Não é o mais fácil, com certeza. Porém, quase todas as vezes não é o caminho fácil que nos leva mais perto da felicidade. É o caminho certo.

Priscilla Nery (MB Press)

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Má qualidade do ar piora saúde de quem vive em grandes cidades

Morar numa cidade grande como São Paulo tem suas vantagens: lojas de todos os tipos, hospitais mais completos, colégios e universidades, cinema e teatro a qualquer hora. No entanto, a saúde da população em geral não é lá essas coisas, já que todos respiram um ar de qualidade comprometida.



A poluição não é novidade para nenhum morador de cidades mais urbanizadas.

Desde que os carros e fábricas chegaram a alguns locais, vêm despejando no ar mais e mais substâncias que, quando inaladas, fazem mal ao organismo humano. De acordo com o site oficial da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), os poluentes mais presentes na atmosfera são o dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio.

"Os principais problemas que a poluição causa à saúde são os respiratórios e os cardiovasculares", aponta Maria Alenita Oliveira, pneumologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela explica que sintomas como a falta de ar, tosse, queimação, irritação ocular e nasal estão relacionados a regiões com altos índices de poluição.

No geral, em metrópoles, o que mais contribui para diminuir a qualidade do ar é a alta quantidade de veículos. Eles são emissores de monóxido de carbono, que é altamente tóxico, e dióxido de enxofre que, quando inalado em quantidades razoáveis, pode causar irritação e até doenças crônicas no pulmão.

Nas estações frias, a coisa piora. Isso por causa da inversão térmica, um fenômeno no qual o solo esfria, e, por consequência, deixa a camada de ar frio sob a camada de ar quente. O ar quente funciona como uma tampa que impede os poluentes de se dispersarem. Conclusão: eles ficam acumulados na atmosfera.

Assim, com um maior nível de poluentes, as pessoas acabam inalando essas substâncias e sentindo os efeitos. Começam a tossir, espirrar, sentir irritação nos olhos, nariz, garganta, etc. Caso já tenham alguma doença respiratória, sofrem mais ainda com o frio. "É nessa época que os sintomas de males como a asma se manifestam com frequência. Até o número de internações aumenta no outono e inverno", diz Maria Alenita.

Outro tipo de paciente muito afetado pela poluição é aquele que trabalha circulando pelas ruas, como um motorista de ônibus ou um carteiro. "Por ficarem horas expostos à poluição principalmente proveniente dos veículos que trafegam nas grandes cidades, esses profissionais têm maior incidência de problemas respiratórios", afirma a pneumologista. A especialista explica que esses indivíduos também são obrigados a se expor em horários em que a qualidade do ar fica ainda mais baixa que o normal. O período crítico é em torno do meio-dia.

Para fugir de complicações na saúde, especialmente em tempos de frio, é bom tomar alguns cuidados: hidratação rigorosa do organismo, uso de soro fisiológico nos olhos e nas narinas para diminuir a irritação. Quem faz atividades físicas deve preferir o período da manhã ou final da tarde para realizá-las, para não inalar poluentes durante o período crítico.

Além disso, pessoas que sofrem de males respiratórios como bronquite, rinite alérgica ou sinusite precisam redobrar os cuidados, isto é, evitar ambientes com muito pó e ter acompanhamento médico, como ensina a Maria Alenita. "Quem tem essas doenças normalmente apresenta piora dos sintomas nas estações frias. Por isso, é importante procurar o médico assim que o paciente perceber que terá uma crise, por exemplo, para que essa crise seja controlada a tempo e ao implique em internação".

Lembrando que todos podem dar sua contribuição para inverter a situação. Usar o transporte público ou a bicicleta, em vez do carro, e não adquirir produtos com gases que prejudiquem a camada de ozônio são atitudes simples e que podem melhorar a qualidade do ar nas grandes cidades.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Diferença entre autoridade e autoritarismo

A geração que compõe os pais de hoje é famosa por deixar os filhos fazerem o que querem sem repreensão alguma. No entanto, também existem os casais que, ao contrário, usam de qualquer artifício para que seus pequenos obedeçam e reconheçam autoridade neles. Alguns pais e mães chegam a exagerar, punindo crianças e adolescentes em excesso, esquecendo de que eles são seres em formação.

Isso acontece quando os adultos confundem autoridade com autoritarismo.



E será que os dois termos são mesmo diferentes? Para Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial e coordenadora do Curso de Especialização em Neuropedagogia do Instituto SaberCultura, a resposta é sim. "Autoridade não é palavrão. Autoritarismo sim, pois é uma autoridade sem justificativa, que não leva à autonomia e nem à responsabilidade".

Ela explica que agir com autoritarismo é fazer as coisas sem coerência e fundamento. Isso gera medo, raiva, afastamento e desvalorização no filho que foi repreendido dessa forma. "Por esse motivo, as crianças muitas vezes só obedecem se temem grandes castigos, mas certamente não por terem desejo de copiar o modelo familiar e muito menos porque internalizaram valores que as tornarão autônomas, seguras e competentes".

Mais uma vez o fato de os pais serem exemplos de vida e de conduta para suas crianças tem um peso imenso. Quando os responsáveis têm autoridade, são capazes de ensinar o que acreditam ser o melhor caminho a elas; porém, quando não passam valores concretos, acabam confundindo os pequenos e não conseguem definir o que é realmente correto. Assim, estarão formando adolescentes e adultos inseguros.

Para criar bem um filho, a mãe ou pai precisa ter consciência da importância de suas atitudes. Se eles ora proíbem ora permitem determinado comportamento, por exemplo, passam uma mensagem de falta de coerência. Isso será absorvido e levado pela criança boa parte da vida dela. "A observação dos múltiplos exemplos diários da forma de agir dos pais e das consequências desses comportamentos, influencia durante toda a infância a internalização dos valores éticos e morais privilegiados por sua família", diz Maria Irene.

Claro que há momentos em que será necessária a repreensão. Mas precisam ser usados com moderação e aplicados num momento em que o adulto esteja calmo. "Essas atitudes têm realmente o poder de fazê-las parar momentaneamente, principalmente se são usadas esporadicamente pelos pais, mas não têm a vantagem de ensinar novas posturas e comportamentos à criança. Assim elas não desenvolvem responsabilidade e nem autonomia", alerta a especialista.

Como os pais também são seres humanos - e não são perfeitos, claro - eles vão errar. Aí é preciso ter jogo de cintura para ensinar aos pequenos que as regras têm exceções. "Exemplo: se o pai dirigir sempre de modo adequado e em um determinado dia não o fizer dessa forma, a criança ficará confusa se não conhecer a razão de tal comportamento. Se o pai for uma pessoa que age de acordo com os princípios que prega, terá uma explicação coerente para sua atitude e a criança começará a perceber que existem regras e que as exceções justificam a existência e a necessidade de tais normas", fala Maria Irene.

É natural para os filhos ver nos pais a principal referência. Portanto, se os responsáveis agem com coerência, autocontrole e responsabilidade, a chance deles respeitarem sua autoridade aumenta. E, de quebra, eles crescem com mais convicções - e menos crises.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uso excessivo do computador faz mal aos olhos

Depois da popularização da internet, o computador virou mania: muita gente tem e quem não tem, quer ter. Seja para diversão, trabalho ou por praticidade, os PCs e notebooks invadiram casas, escolas, empresas e, hoje, fazem parte da rotina de muita gente, em especial nas cidades.

Só que nem tudo são flores: passar muito tempo na frente do monitor pode prejudicar a saúde.



Isso mesmo. Assim como a TV, o computador também é um dos vilões para a visão, quando usado em excesso. E a coisa complica bastante para quem trabalha na frente de um monitor, pois, de acordo com um estudo do National Institute of Occupational Health and Safety (NIOSH), 90% dos trabalhadores que passam mais de três horas por dia diante da tela do computador acaba tendo algum problema de visão. Workaholics de plantão precisam de atenção redobrada.

"Imagine o que acontece com aqueles que passam entre 10 e 12 horas no trabalho. Quando chegam em casa, muitos ainda ligam o computador. Sem perceber, a médio prazo acabam comprometendo também sua performance no ambiente de trabalho, além da visão e da saúde como um todo", afirma o oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

São vários os males causados pelo uso exagerado do computador ou da TV: síndrome do olho seco, fadiga e irritação nos olhos. "A superexposição sem que sejam tomados os cuidados necessários também pode agravar problemas já existentes, resultando em aumento de graus/dificuldade em enxergar, bem como favorecer o aparecimento de tremores involuntários da pálpebra, dificuldade de concentração e dores de cabeça", alerta o oftalmologista.

"Além dos problemas de visão, vários estudos associam o uso excessivo de computador à síndrome metabólica, obesidade, sedentarismo, problemas de relacionamento interpessoal, etc.", completa.

Pessoas de qualquer faixa etária podem ser prejudicadas, e não somente aquelas que trabalham demais. As crianças, por exemplo, podem não passar muito tempo na frente do monitor, mas algumas ficam horas e horas assistindo a desenhos animados ou jogando videogame. Então, é preciso que os pais fiquem de olho no tempo que seus pequenos dedicam a essas atividades.

Existe um perfil de pessoas mais predispostas a desenvolver algum sintoma ou doença por causa do computador. "Na infância e adolescência, são aqueles que passam horas a fio jogando videogame ou jogos de computador. Já na fase adulta, são pessoas que usam o computador como ferramenta de trabalho e acabam estendendo seu uso para se comunicar com amigos e se divertir", explica o médico.

Como não existe um estudo que aponte qual é a quantidade de tempo ideal para que alguém fique na frente do PC ou da TV sem comprometer a saúde, é difícil estabelecer uma rotina saudável. Porém, há alguns cuidados que podemos tomar para evitar ou pelo menos minimizar os danos que isso causa. O mais importante "é a pessoa se conscientizar de que seus olhos merecem mais atenção", diz Renato.

Confira as dicas do especialista:

- Nunca posicione seu computador diante de uma janela. O excesso de luz na direção dos olhos favorecerá a visão dupla
- Evite utilizar o computador em ambiente de baixa luminosidade. O contraste com a luz emitida pelo monitor é altamente prejudicial à visão
- Dê preferência a um ambiente de trabalho arejado e bem-iluminado. A opção por lâmpadas incandescentes é mais saudável
- Procure estabelecer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho para piscar bastante. Essa medida favorece a lubrificação dos olhos, evitando a síndrome do olho seco e irritações
- Depois do almoço, feche os olhos por quinze minutos para descansar a visão e equilibrar o estado emocional. Isso deve se tornar uma rotina, principalmente para quem enfrenta longas jornadas de trabalho diante do monitor
- Garanta uma boa hidratação do corpo e, sempre que necessário, pingue lágrimas artificiais para lubrificar o globo ocular
- Não se acostume com os problemas de visão que vão surgindo com o tempo. Até os 40 anos, é importante fazer um check-up completo da visão de três em três anos. Depois dos 40 anos os exames passam a ser anuais.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Prós e contras da gravidez no inverno

Durante a gravidez, as futuras mamães passam por momentos incômodos. São enjoos, inchaço, vontade de ir ao banheiro toda hora... Mas esse período pode ficar mais confortável quando tudo é programado.

Alguns especialistas apontam a primavera como a melhor estação para um parto, seja ele normal ou cesariano. Isso implica passar boa parte da gestação no inverno, o que merece atenção especial, já que a estação fria tem suas peculiaridades. Por isso, o Vila Filhos separou dicas para ajudar as gestantes a passar por tudo da melhor maneira possível.



Dentre as vantagens de estar esperando um bebê nessa época está uma melhor qualidade do sono. No verão, por exemplo, as grávidas podem ter mais dificuldades para dormir caso o quarto fique abafado. Já no inverno, elas, que já sentem mais sono que o normal, podem dormir com mais conforto.

Os enjoos, porém, parecem aumentar com as temperaturas mais baixas. "Talvez haja maior sensibilidade olfativa e gustatória neste período, principalmente com refeições mais quentes", analisa Wagner Busato, especialista em Ginecologia e Medicina Reprodutiva e Diretor do Centro de Reprodução Humana Santana (CRH Santana).

Como o clima frio pode deixar a pele ressecada, as futuras mamães precisam hidratá-la com mais frequência. No entanto, é necessário ter cuidado na hora de escolher os produtos certos para fazer isso, pois os óleos podem dificultar as trocas de calor com o meio externo pelo suor e causar brotoejas quando o uso é inadequado. É bom substituí-los por hidratantes com alto teor ou à base de água.

Mas também existe uma vantagem para a pele durante o inverno: menor transpiração, e, em consequência, menos oleosidade. No calor, as grávidas se sentem desconfortáveis por transpirarem demais e precisarem de vários banhos por dia.

No inverno, a intensidade dos raios solares fica reduzida, junto com os riscos dela. Afinal, quem vai querer tomar banho de sol em praias ou piscinas durante o frio? Isso é benéfico, pois evita manchas e brotoejas que poderiam aparecer em decorrência da exposição ao sol.

Outra boa notícia é para aquelas que passam o finalzinho da gravidez com o tempo frio: o inchaço dos últimos meses de gestação tende a diminuir, e isso tem tudo a ver com o clima. "O inchaço é menor por menos dilatação dos vasos circulatórios que tentam manter o calor do sangue no interior do corpo", diz o especialista.

Roupas características da estação fria, como meias finas, podem ser uma boa ideia para fugir de marcas incômodas que geralmente aparecem durante a gravidez, como afirma Wagner. "O uso de meias elásticas e outras que causam constrição (retração) das veias melhora o retorno venoso, auxiliando na prevenção e tratamento das varizes".

Todo mundo sabe que a futura mãe que quiser dormir bem à noite não deve tomar muito líquido. Essa regra fica ainda mais importante no frio, porque a produção de urina é maior devido à diminuição de sudorese.

Os cuidados com um possível choque térmico devem ser redobrados, já que a grávida tem temperatura corporal mais alta que a média das pessoas (+ ou- 37,5ºC). Sair bem agasalhada previne uma possível sensação de desconforto e o resfriamento brusco das vias aéreas, que poderia causar infecções e resfriados.

Confira outras recomendações de Wagner:
- Mantenha as pernas e pés aquecidos com meias e massagens para evitar câimbras;

- Evite a ingestão de sal em excesso. A pressão arterial tende a ser mais alta no frio;

- Evite banhos quentes e prolongados, além dos efeitos na pele (prejudicam a camada de proteção), ocorre queda da pressão arterial;

- Alimente-se com maior freqüência. A hipoglicemia é mais comum devido ao gasto calórico para manutenção da temperatura corporal.

Seguindo as dicas tudo direitinho, você curte bastante sua gravidez e ainda evita contratempos e mal estar.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Obesidade infantil e alimentação nas escolas

 Faz tempo que a obesidade e outras doenças deixaram de ser males exclusivos dos adultos e passaram a atingir os pequenos também. Por todo o mundo, cada vez mais crianças estão acima do peso. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até o fim deste ano, a quantidade de crianças com menos de cinco anos que terão sobrepeso ou obesidade ultrapasse os 42 milhões.

O número é alarmante, em especial para os chamados países em desenvolvimento, como o Brasil, nos quais se concentram 35 milhões desses pequenos.



Outro exemplo desses países é o México, que está em primeiro lugar quando o assunto é obesidade infantil. Tanto que a nação pretende proibir alimentos com alto teor de calorias dentro das escolas.

Porém, ter crianças mais pesadas e doentes não é privilégio dos países mais pobres. Nos Estados Unidos, estima-se que uma em cada três crianças esteja acima do peso. Lá, o Congresso debate a "Lei sobre Alimentação Infantil", projeto organizado pela primeira-dama Michelle Obama e que também propõe a melhoria da qualidade de alimentos nos colégios.

Aqui no Brasil, uma ideia semelhante aguarda para se tornar lei. O texto de autoria da deputada Patrícia Lima (PR) e popularmente conhecido como "lei anticoxinha" foi aprovado ano passado pela Assembleia Legislativa e ainda está em andamento na maioria dos estados. O objetivo é impedir que alimentos de alto valor calórico e com gordura trans sejam oferecidos em cantinas e merendas escolares.

No Rio de Janeiro, uma lei estadual proíbe a venda de alimentos que contribuam para a obesidade infantil dentro de escolas desde 2005. No início deste ano, o governo de São Paulo finalizava um novo projeto que, com algumas modificações no texto, também tem por meta deixar a comida mais saudável nas instituições de ensino.

Mas alguns colégios brasileiros não esperaram alguma lei para começar a mudança dos hábitos alimentares de seus alunos. No Rio grande do Sul, uma cidade inteira substituiu produtos industrializados por outros produzidos por agricultores locais. O município de Dois Irmãos conseguiu até melhorar o desempenho dos alunos desde a implantação do projeto e foi citado numa reportagem do Jornal Nacional.

Na maior cidade do país, uma pesquisa ajudou a mobilizar instituições de ensino. A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) estima que 33% das crianças e adolescentes com idade entre 10 e 15 anos que frequentam colégios particulares no município de São Paulo estejam acima do peso.

Por isso, escolas têm cortado frituras e doces do cardápio disponível nas cantinas, oferecido pratos saudáveis durante refeições e incentivado o consumo de comidas importantes que são, no geral, detestadas pelos pequenos, mas que contêm nutrientes indispensáveis para a manutenção do organismo humano.

No colégio Módulo, de São Paulo, uma ideia simples ensina as crianças a se alimentarem melhor. "Um exemplo prático é o projeto desenvolvido pelos alunos do 1º ano para tentar aprimorar o hábito da alimentação saudável, com utilização do lúdico, do prazer de aprender e participar, para quebrar os repúdios que as crianças têm contra alguns alimentos. O projeto começa com a criação de uma horta com cenoura, beterraba e espinafre", diz o diretor acadêmico da escola, Wagner Sanchez.

O aprendizado no colégio segue com o cultivo da horta e depois com o ensino de receitas que têm os vegetais como ingredientes principais. Por último, os alunos podem saborear o resultado, e costumam aprovar. "Todo este ritual leva boa parte da turma a ‘amar’ cenoura, beterraba e espinafre", comemora o diretor.

Ele conta que a escola toma outras medidas para diminuir o número de estudantes acima do peso, como a implantação de produtos diferenciados por faixa etária e de "Kits Lanches", inclusão de alimentos funcionais nas receitas dos itens preparados na cantina - farinha integral e linhaça nas massas dos salgados, por exemplo - e incentivo ao consumo de sucos em vez de refrigerantes.

Se outros colégios tiverem iniciativas para oferecer alimentos de mais qualidade ao público infanto-juvenil, os pequenos só têm a ganhar. Mas, como os hábitos familiares influenciam - e muito - na vida dos mais jovens, é bom se informar e dar prioridade aos alimentos com menos gorduras, açúcares e sal. Assim, mesmo que a escola do seu filho tenha aqueles lanches que não fazem nenhum bem para a saúde, ele não vai comer só besteiras o dia todo. E, quem sabe, ele opte por algo mais saudável por estar acostumado.


Por Priscilla Nery (MBPress)



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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Clareamento dental: mitos e verdades

Ter um sorriso bonito pode abrir muitas portas, além, claro, de dar um "up" na aparência de qualquer um. Por isso, uma manchinha que apareça nos dentes se torna bem incômoda, já que deixa a pessoa desconfortável na hora de sorrir.



Diante desse problema, muita gente recorre ao clareamento, para ter de novo os dentes branquinhos. Mas há quem ainda tenha receio de experimentar essa técnica, por medo ou falta de informação.

Apesar de existirem alguns mitos sobre o clareamento dentário, de acordo com especialistas, o método é seguro e pode ser realizado para clarear dentes amarelados ou acinzentados. A dentista Fátima Caldeira, proprietária do Spa Dental, em São Paulo, conta que há várias situações em que essa técnica é indicada, como envelhecimento natural dos dentes e defeitos no esmalte por fatores congênito, além de manchas por fatores externos, como o uso frequente de café, vinho, refrigerantes a base de cola, tabaco, clorofila, açaí, fluoreto estanhoso, etc. Excesso de antibióticos à base de tetraciclina também provoca manchas nos dentes, quando usado entre o quarto mês de vida intra-uterina até os sete anos de idade. Restaurações de Amálgama e tratamento de canal são outras causas de marcas nos dentes.

O clareamento pode ser realizado de duas maneiras: com um laser ou moldeira. "O primeiro é realizado com aparelhos que associam um tipo especial de luz, conhecido como LED (diodo emissor de luz) e um laser de iodo, que juntos ativam um gel formado por peróxido de hidrogênio de 35% a 50%, promovendo um clareamento mais rápido", explica Fátima. O procedimento é feito em consultório odontológico. Cada sessão dura em torno de 60 minutos, sendo necessárias geralmente de duas a três sessões.

Já a opção de tratamento com a moldeira deve ser realizada na casa do próprio paciente, sob a supervisão de um dentista. A moldeira é confeccionada de acordo com a boca do paciente e depois usada para a aplicação de peróxido de carbamina a 10% ou 12%. A substância penetra no esmalte e na dentina, liberando oxigênio, que serve para eliminar as moléculas dos pigmentos que promovem as manchas. Nesse caso, a pessoa usa o dispositivo por pelo menos 10 dias, durante quatro horas diárias.

Apesar de ser mais confortável, fazer o tratamento em casa tem suas desvantagens. "O clareamento doméstico, embora seja efetivo, possui alguns inconvenientes como a deglutição do produto, contato do produto com a gengiva podendo promover irritação, gosto desagradável e tempo maior para se alcançar o efeito desejado", aponta a dentista.

Ela afirma que ambos os métodos são eficazes, e dá a dica para quem deseja potencializar o resultado: fazer os dois ao mesmo tempo (isso custa de R$ 800 a R$ 1.300). O resultado geralmente dura de um a dois anos; depois, é bom refazer o procedimento ou pelo menos uma manutenção, com a moldeira mesmo. "A durabilidade do clareamento vai depender dos hábitos do paciente (não fumar, evitar alimentos com corantes como vinho, café, suco de uva, açaí, etc.), que deve manter sempre uma boa escovação", aconselha a especialista.

As contra-indicações para esse tipo de tratamento são para as mulheres grávidas ou amamentando (especialmente quando o procedimento é realizado em casa, pois é arriscado engolir a substância); crianças com menos de 14 anos (que ainda não concluíram a fase de mineralização dos dentes); dentes com manchas brancas; pacientes com grande perda de estrutura dentária; pacientes com problemas periodontais (inflamações ou infecções na gengiva), cáries, sensibilidade dentária.

Um mito famoso sobre o clareamento é que ele provoca câncer. "Essa informação não tem fundamento. Tanto é assim que a FDA (Food and Drug Administration, órgão americano que regula alimentos e medicamentos) e a ADA (American Dental Association) aprovam o uso das substâncias usadas nos clareamentos", desmente Fátima. "Porém, esses métodos devem ser supervisionados por um profissional capacitado", completa.

Adesivos
Quem sofre apenas com dentes amarelados, com manchas ou levemente desalinhados tem a opção de usar os "adesivos" para clareamento, bastante vendidos no exterior. "Uma das vantagens deste tratamento, é que, ao contrário das facetas convencionais, o dentista não precisa desgastar os dentes do paciente com brocas, preservando ao máximo suas estruturas naturais", diz a dentista. No entanto, é necessário ter cuidado na hora da higiene bucal e com alimentos muito duros.

Fátima alerta ainda que não adianta usar apenas cremes dentais para deixar os dentes branquinhos. "Recentemente, ficou constatado, através de uma pesquisa, que as pastas de dentes não ajudam a clarear os dentes. Elas não contêm a quantidade necessária de substâncias que fazem os dentes ficarem mais brancos".

O jeito é recorrer aos tratamentos mesmo. Mas atenção. Para não ter nenhuma surpresa desagradável, o segredo é não fazer nada por conta própria. Siga as orientações de um profissional capacitado, sempre. "É possível comprar produtos que prometem clarear os dentes até por telefone, mas isso não é aconselhável. O uso indiscriminado desses produtos pode trazer problemas como hipersensibilidade e enfraquecimento dos dentes e também à gengiva", finaliza.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Uma dica é sempre válida

Gente, aproveitando o gancho dessa minha matéria, venho dizer que todo o cuidado é pouco na internet. Divulgar simples informações pode ser bem prejudicial.

Não sei quem se lembra, mas uma vez pude provar como é bom dar o mínimo de informações sobre mim aqui e nas redes sociais de que participo. Recebi uma pauta sobre maconha e, quando o texto foi publicado, uns caras de um blog que apoia o uso de maconha fizeram uma crítica no tal blog. Li e respeito a opinião deles, até comentei isso com algumas pessoas.

Mas com a atitude imatura deles, e em especial dos leitores daquele endereço, não posso concordar. Resolveram me xingar e ofender ao médico que me deu entrevista sobre o tema, inclusive aqui no meu blog.. Aposto - e ganho - que nem metade daquele povo leu, de fato, a matéria. Prova disso foram os argumentos deles.

Agora, imaginem se eu deixo alguma informação importante disponível? Vai saber o que iam fazer, né?

Para os curiosos (como eu), deixo o link da matéria no Vila Mulher: http://vilamulher.terra.com.br/como-lidar-com-um-filho-usuario-de-maconha-8-1-57-72.html

O quanto você se expõe na web?

O exibicionismo vem se tornando mais comum a cada dia em nossas vidas. Com a Internet sendo cada vez mais utilizada por diferentes camadas sociais parece que a rede potencializou a "necessidade" de exibição de muita gente.

No início, só os e-mails existiam (e não representavam grandes riscos); com o tempo, vieram as redes sociais de vários tipos e, com elas, a possibilidade de se divulgar informações, imagens e vídeos a uma velocidade nunca antes vista.

Assim, por meio de webcams e fotografias, homens, mulheres, crianças e adolescentes encontraram uma forma de chamar a atenção de centenas, milhares, milhões de usuários ao mesmo tempo. Só que alguns indivíduos ultrapassam a linha tênue entre a exibição e a exposição desenfreada.

A terceira edição do "Lingerie Day", movimento lançado no Twitter, causou polêmica. Afinal, para aderir a ele, as mulheres precisavam publicar uma foto só com peças íntimas no microblog. Algumas moças participaram do "Lingerie Day" sem ao menos saber a utilidade e a mensagem que seria passada por meio dele.

Mas por que será que essas pessoas fazem na rede coisas que não fariam normalmente? "O papel da Internet nesse contexto é bem significativo, pois ela possibilita um modelo de encontro que tem muitos benefícios: você não precisa se arrumar, enfrentar trânsito, encontrar espaços na agenda", justifica a psicóloga Cida Rabelo.

Segundo a especialista, a rede fornece aos usuários uma falsa sensação de segurança, já que cada um se encontra atrás da tela de um computador. Só que isso não passa de ilusão. Apesar de permitir que qualquer um exponha e defenda suas ideias e opiniões e de não ter uma legislação própria, a Internet não é uma terra completamente sem lei.

"As pessoas não têm ideia de que podem não só ser vítimas como autoras de crimes cometidos via rede. Colocar fotos íntimas do parceiro sem autorização ou criar comunidades no Orkut ridicularizando outro indivíduo são atos que podem passar de 'brincadeiras inocentes’ a crimes contra a honra e invasão do direito à imagem, protegidos constitucionalmente", alerta a advogada Daniela Bachur. Já existem delegacias especializadas em crimes eletrônicos, como a 4ª Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos. "Os casos mais recorrentes são de pedofilia, estelionato e crimes contra a honra".

Navegar na web sem ter consciência disso é o mesmo que dirigir sem conhecer as placas de trânsito: muito arriscado. E o perigo aumenta consideravelmente quando menores de idade têm livre acesso à rede sem a supervisão de um adulto. O caso dos adolescentes do Rio Grande do Sul, que chocou a sociedade em geral, é um bom exemplo de como a falta de acompanhamento dos pais pode lesar a toda a família, sem necessidade.

Além do mais, o que parecia uma brincadeira da garota de 14 anos e do rapaz de 16 era, na verdade, um crime, já que os dois divulgaram na Internet imagens pornográficas envolvendo menores - ainda que no vídeo apareçam eles mesmos trocando carícias íntimas. Agora, os dois serão penalizados de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em frente à webcam, os dois se achavam seguros, mesmo conscientes de que muita gente estava assistindo o que faziam. Mas esqueceram da possibilidade de reproduzir, por exemplo, essas imagens possibilitando seu uso indevidamente.

Daniela ressalta que as pessoas esquecem que quando estão em frente ao computador, navegando na web, tem do outro lado da linha milhares de outras pessoas - e isso gera um contra-senso que dificulta o entendimento do que fazer. "O sentimento é de estar em privacidade, mas funciona como num reality show".

O exibicionismo via web também coloca os mais ingênuos num sério risco de vida, porque dá aos criminosos a oportunidade de encontrar vítimas rapidamente, como observa Daniela. "A quantidade de informações pessoais que são colocadas na rede voluntariamente pelos internautas é a grande vilã, já que tal exposição é que facilita o cometimento dos crimes que ocorrem fora da rede. Angariar informações e escolher a vítima, hoje, se dá em um clic".

Portanto, pais e responsáveis devem se informar e orientar os filhos a respeito dos perigos da Internet. E, o mais importante, precisam sim fiscalizar os sites e conteúdos vistos por seus pequenos, para verificar que riscos eles oferecem.

E, para os adultos internautas que adoram se exibir na web, vale tomar cuidado com o que tornam público. Cida dá dicas valiosas para aprender a não se expor demais na Internet. Em redes sociais, adicione quem você conhece e fale com pessoas indicadas. Tenha clareza dos riscos que corre e conheça a facilidade que existe em criar fantasias e mentiras no mundo virtual.

Também é útil conhecer melhor a natureza humana para saber que todos temos tristezas, alegrias, dualidades. Não vale a pena se expor só porque um amigo também o faz ou para mostrar que é mais bonita, sensual ou popular que alguém. Competir desta maneira com os outros, seja na rede ou não, só passa uma mensagem de insegurança.

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tempo que não volta



Lembro de quando fiquei mocinha. Foi um trauma pra mim, que na época tinha 11 anos. Eu já tinha lido a respeito, era bem informada, mas foi ruim mesmo assim. E me fez mudar de uma hora pra outra, tive que crescer antes do que minha mente pedia.

Depois, percebi que a cada dia os pequenos são obrigados a crescer mais rápido. Algumas roupas de hoje sugerem que as crianças são "mini adultos". Os brinquedos são parecidos com trabalho, as menininhas adoram uma maquiagem e salto alto... Claro que, na hora de brincar, vale sim imitar a mãe - e é muito divertido! O problema é que muitas garotinhas querem sair com roupas de adulto e se comportam como moças.

O mal disso tudo? Não precisa ser psicólogo pra saber que uma infância perdida não pode ser recuperada. Uma vez que alguém perde aquela inocência, aquela essência infantil, pronto. Daí, quando essa pessoa se torna adolescente, ou mesmo adulta, tende a querer reviver coisas de criança e acaba tendo atitudes imaturas para sua idade.

Como já dizia Provérbios 3: "Há tempo para todas as coisas debaixo dos céus". Bom é viver cada etapa com intensidade. Acho que essa é uma lição valiosa para ensinarmos às crianças de hoje!

Matéria de hoje: Lidando com um filho que tem trabalho de adulto

É comum que pais e mães vivam incentivando dons de seus filhos. Mesmo quando os pequenos dançam desengonçados, escrevem uma frase bobinha ou fazem desenhos estranhos - e até incompreensíveis -, não tem jeito: os adultos os enchem de elogios...

Agora, e quando a criança ou adolescente tem mesmo um dom? Quando ele divulga seu trabalho e acaba recebendo propostas e contratos? O que os pais fazem quando têm um verdadeiro prodígio dentro de casa?



Mário e Sueli estão se saindo bem nessa situação.

Pais de João Montanaro, que aos 14 anos já é cartunista e produz charges para o jornal "Folha de S. Paulo" e para a revista "Mad" e lançou recentemente seu primeiro livro, "Cócegas no Raciocínio" (Garimpo Editorial, 2010), os dois levam a situação com bastante naturalidade.

"Lido normalmente com o João. Como escolheu desenhar sobre política, claro que ele tem uma conversa bem diferente daquela dos garotos de 14 anos, às vezes é muito maduro", conta o pai. Mário tem sua parcela de "culpa" pela carreira precoce do filho. Afinal, os primeiros contatos do adolescente com quadrinhos aconteceram graças a ele. Mais tarde, o garoto começou a buscar referências, observar a produção de cartunistas famosos como Ziraldo, Angeli e Laerte, e tentar copiá-los até achar seu próprio estilo.

"Divulguei meu trabalho na maior ‘cara de pau’", brinca João. A internet ajudou bastante nesse processo. "Mandava e-mails para meus contatos e ia achando outros. Enviava meus desenhos. Algumas pessoas respondiam, e outras não", lembra. Aos poucos, aprimorou seus quadrinhos e hoje suas charges podem ser vistas todos os sábados na página 2 da Folha, por exemplo.
Mas se engana quem pensa que João não faz coisas de adolescente. Ele vai à escola, joga vídeo game e futebol com os amigos, como qualquer outro garoto de sua idade. Mesmo depois de contratado pelas publicações, sua rotina continua quase a mesma - só ficou mais "puxada" às sextas-feiras, dia da entrega da charge que será publicada no sábado. "E em semana de prova, claro".

"O trabalho que ele faz não atrapalha suas atividades normais, e ele concilia direitinho com a escola", garante Sueli que, como toda boa mãe, faz questão de ajudar a organizar as atividades do filho em casa, como os horários em que ele precisa acordar. Isso não é tão difícil, porque o garoto é mesmo precoce para algumas coisas. Desde pequeno, já conversava com pessoas bem mais velhas com naturalidade, e pelo jeito, é mais responsável que muito marmanjo por aí. "Acho que os prazos me ajudam a organizar tudo, gosto de ter dia certo para entregar um trabalho". É o pai quem analisa essa precocidade do filho. "Temos outro filho, o Rafa, que é gêmeo do João. Os dois tem 14 mas, às vezes, o João tem 30, gosta dos Beattles. A precocidade dele me apavora um pouco".

A responsabilidade também é importante na hora de João administrar o dinheiro que recebe. Ele até admite comprar alguns mimos, porém apenas quando sobra dinheiro. "Compro material com a maior parte do salário. E tomo cuidado para não gastar tudo assim que recebo".

Embora estejam lidando bem com essa nova etapa na vida do filho - e da família, por consequência -, os pais, lógico, têm suas preocupações. A principal é manter o adolescente com os pés no chão. "Meu filho adora desenhar, então tudo está sendo diversão para ele. Mas fazemos o máximo para orientá-lo sobre o certo e o errado, pois hoje ele é um formador de opinião", fala Sueli.

Mário se orgulha de ter um filho bem informado, e revela que ele e a esposa buscam se informar também. "Procuramos oferecer bons conteúdos para ele, para que ele passe mensagens bem embasadas para seus leitores". O pai do "cartunista prodígio" acompanha a carreira do garoto bem de perto e se esforça para organizar sua agenda e levar João a entrevistas, eventos e até gravações - que estão se tornando constantes na vida do adolescente.

Quando perguntados sobre o porquê de apoiarem o trabalho do filho, os pais são objetivos: desenhar faz João feliz. "Claro que a gente sempre fica de olho nele para ver se ele continua feliz com o trabalho, se está cansado disso e se tem os resultados que espera", diz Mário. "Mas não posso deixar de apoiar algo que faz meu filho feliz".

Por Priscilla Nery (MBPress)

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Matéria de hoje: Conquistando o respeito dos filhos

Nunca se ouviu falar tanto em falta de limites e desobediência  quanto atualmente. Tentando corrigir atitudes repressivas comuns na criação dos filhos em gerações passadas, muitos pais de hoje acabam deixando-os pintarem e bordarem, e não conseguem ganhar o respeito dos pequenos.

Respeito e obediência andam de mãos dadas; sem o primeiro, não dá para chegar ao segundo. Quando uma criança obedece, é sinal de que ela ouve e respeita seus pais. E, para que isso aconteça, os responsáveis também precisam respeitar seus filhos, enxergando-os como indivíduos com características e necessidades em particular.

"Assim, poderemos escutá-los de outro lugar. Talvez não mais como adultos, que veem no mundo da criança situações menos importantes, e sim como seres humanos com quem nos importamos e estamos absolutamente atentos às informações e necessidades apresentadas", afirma a terapeuta infantil Daniella Freixo de Faria.

Além de ter a mente e o coração abertos para ver os pequenos de maneira diferente, os responsáveis precisam saber quando devem corrigir as crianças. Para Daniella, é comum os adultos confundirem falta de entendimento com desobediência. Evitar esse equívoco depende da intensidade da relação e do conhecimento que eles têm de seus próprios filhos. "Não existe fórmula, nós temos que conhecer nossos filhos e assim saberemos quando faltou explicação e quando temos que construir esse caminho respeitoso".

Quando for o momento de apenas explicar melhor algo para um filho, pode ser mais fácil manter o controle e ter paciência. O problema é quando o pequeno realmente precisa ser corrigido. Nesse caso, é importante deixar as emoções de lado e usar o bom senso para encontrar o melhor caminho, que pode não ser o castigo - já que esse mecanismo vem carregado de irritação e até raiva. A terapeuta sugere algumas atitudes e comportamentos úteis na hora de corrigir as crianças:

1) Coerência na forma: se num dia gritamos, em outro mantemos um diálogo e em outro não fazemos nada, a mensagem chega de maneira confusa e com muita possibilidade de que volte a acontecer. Quando somos coerentes e atuamos de forma positiva as crianças sabem o que, quem e como encarar neste momento de crescimento.

2) Constância: sempre devemos corrigir comportamentos inadequados, mesmo que estejamos cansados, sem vontade ou sem tempo. Isso leva as crianças a perceberem e a distinguirem um comportamento adequado de um inadequado.

3) Construção da noção de consequência: quanto mais pudermos fazer com que as crianças vivenciem que toda ação tem uma consequência, mais os prepararemos para uma vida com total condição de escolha interna. A vivência da consequência substitui o famoso e tão aplicado castigo que, em vez de ensinar, é pontual e de efeito punitivo, acompanhado por uma grande carga de irritação. A consequência carrega em sua intenção amor, ensinamento e construção.

Ao contrário do castigo, que pode simplesmente deixar uma marca de dor, sofrimento e revolta, a consequência tende a ensinar uma lição de vida aos filhos, mostrando que a vida é feita de escolhas e que uma escolha leva necessariamente a uma determinada reação. Dessa forma, os pais criam nos pequenos a noção de que eles têm uma grande responsabilidade nas mãos ao escolherem, tornando-os cidadãos mais conscientes.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Matéria de hoje: Infertilidade masculina: causas e tratamentos

Ao contrário do que muita gente pensa, a "culpa" por não conseguir engravidar  nem sempre é da mulher. É comum que os homens sejam responsáveis ou contribuam para a infertilidade conjugal. "Aproximadamente em 35% dos casais inférteis, a causa é de etiologia masculina isoladamente e, em 50 % dos casais estéreis, as causas masculinas estão presentes", afirma Oilton Liberati Vieira, especialista em reprodução humana assistida e diretor médico da Clínica Reproduction da cidade de Presidente Prudente (SP).

Há vários fatores que causam a infertilidade masculina: varicocele (que são veias dilatadas nos testículos); infecções genitais (na próstata, vesículas seminais, epidídimo e testículos); alterações hormonais (como o hipogonadismo); doenças congênitas (criptorquidia); doenças genéticas (microdeleções do cromossomo Y, síndrome de Kleinifelter, etc); fatores ambientais (poluição, estresse, radiações ionizantes, tabagismo); além de causas desconhecidas.

Um casal pode desconfiar de infertilidade depois de um ano sem conseguir engravidar, desde que tenha mantido relações sexuais frequentemente (duas a três vezes por semana) e, claro, sem fazer uso de nenhum método contraceptivo.

Nesse caso, devem sim procurar ajuda de um especialista. O primeiro passo será a chamada história clínica ou anamnese, que serve para identificar alguma provável causa para a infertilidade. Depois, é realizado o exame clínico, que inclui o exame da região genital e de duas ou três análises seminais, com diferença de tempo de aproximadamente 15 e 60 dias uma da outra. "Desta forma, temos uma ideia do ‘padrão’ seminal do paciente. Estas análises devem preferencialmente ser realizadas em centros especializados de reprodução humana", afirma Oilton.

O urologista explica que o tratamento depende da razão para a infertilidade no homem. O médico irá chegar a uma conclusão após avaliar a história clínica e o exame físico do paciente. Assim, o profissional estará capacitado para indicar a melhor solução: cirurgia em casos de varicocele, antibióticos para as infecções, aconselhamento sobre os fatores ambientais, etc. "Porém, nos casos de irreversibilidade ou falha nos tratamentos mais simples, devemos recorrer à inseminação artificial e à fertilização in vitro".

Mas não é certo responsabilizar somente o homem pela esterilidade logo de cara. É importante que a parceira também seja submetida aos exames, ainda que ele sofra de algum problema grave. Isso porque em um terço dos casos existe um fator feminino associado ao masculino - e que interfere na fertilidade dos dois.

Porém, as razões para um casal não conseguir ter filhos vão além de fatores físicos. Se o psicológico não estiver saudável, pode alterar o ciclo hormonal na mulher, impedindo a ovulação e o preparo do endométrio, ou desestimular a espermatogênese (produção de espermatozóides) no homem. O estresse também pode prejudicar essa produção.

Quando o casal quer muito um filho, a própria ansiedade acaba sendo um vilão. Isso para quem resolve fazer sexo com o objetivo único de gerar um bebê, usando até um calendário e a data das últimas menstruações. Aí, a coisa complica. "A relação sexual torna-se obrigação com hora e data definida, acabando com a vida sexual e, às vezes, com a vida conjugal destes casais", alerta o especialista.

Graças a essa pressão, que a cada dia se torna mais comum, surgem outros impedimentos para a tão desejada gravidez, como aponta Oilton. "Aproximadamente 4% das causas de infertilidade masculina são por disfunção sexual erétil (impotência sexual) e distúrbios ejaculatórios (ejaculação precoce, retardada e ausência de ejaculação)". Portanto, talvez a psicoterapia ou a terapia de casais seja uma boa ideia em alguns casos.

De qualquer forma, o apoio da família - e da parceira, em especial - é indispensável e pode ajudar bastante. Afinal, um casal deve compartilhar momentos bons e ruins. "A infertilidade mesmo quando for exclusivamente pelo fator masculino, deve ser encarada como problema conjugal", recomenda o médico.

Para que o tratamento tenha o resultado esperado, é necessário deixar os preconceitos e tabus de lado, como diz Oilton: "É muito importante salientar que infertilidade não significa diminuição ou ausência de virilidade".

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Matéria de hoje: Transformando a casa sem reforma

Que mulher não gosta de mudar - e melhorar - sua casa? Claro, é delicioso ver o lar de cara nova, mais aconchegante, espaçoso, leve. As reformas, porém, são trabalhosas, desconfortáveis, costumam ser caras, e, por vezes, demoradas.

Por isso, transformar o cantinho sem reformas pode ser uma ótima ideia. Não acredita nisso? Então, experimente mexer na disposição de objetos, iluminação, cor e provavelmente terá uma surpresa. Não é preciso fazer uma revolução para dar novos ares a cada ambiente de casa. "Ao colocar flores e vasos diferentes, como por exemplo, uma orquídea num cachepot, ao mudar as almofadas ou mesmo os móveis de lugar, já muda o ambiente sem gastar", afirma Daisy Khappaz, da Hubby - empresa que assessora e organiza obras, reformas, eventos em residências e mudanças, incluindo a montagem da casa.

De fato, rearranjar os móveis e objetos, além de ser uma boa - e econômica - sugestão, ainda é uma forma divertida de transformar o cantinho, como aponta o designer Fábio Galeazzo. "Por vezes, brincar de forma descontraída com a casa, mudando os móveis de local, experimentando as diversas arrumações de um ambiente, pode surpreender".

Ainda falando em dicas que preservam o bolso, mexer com as cores de uma sala, cozinha ou quarto ou mesmo adicionar pinturas aos locais, é, de acordo com o especialista, o "método mais rápido e eficiente" de transformar o lar sem reforma. Essa literal redecoração não costuma ser cara e faz a diferença.

Apostar na força da iluminação é uma boa pedida para modificar cada ambiente. A regra básica é adequar as luzes ao tipo de atividade que a família ou visitas realizarão ali. "Quanto mais claro o ambiente, melhor. Meia luz só para televisão ou quando quiser relaxar, mas com certeza a luz sempre transforma um local", fala Daisy.

É possível também estilizar cada parte da casa, dependendo da intenção. Quer ver? Lâmpadas de cor âmbar em abajures de mesa trazem uma sensação aconchegante a quem se sentar ali. "A iluminação indireta embutida em sancas de gesso ou marcenaria demarca o ambiente e traz ares contemporâneos ao espaço. A última palavra em ousadia são os cortineiros iluminados", cita Fábio. Vale até deixar a simplicidade de lado quando o assunto for a iluminação da sala de jantar. "Lustres são uma vedete, trazem um toque pessoal e de personalidade ao ambiente".

Como o cheiro conta bastante na avaliação geral de um lugar, que tal acrescentar mais uma mudança? Caso você e sua família gostem de odores mais suaves, sprays aromatizantes podem dar um ar de limpeza e bom gosto ao seu lar, além de tornar o ambiente mais leve.

Aliás, investir num clima leve não é difícil. Atitudes simples como deixar o local bem arejado, ter cortinas translúcidas que filtrem a luz, ter uma fonte na sala de estar ou mesmo uma música relaxante ajudam a criar um ambiente gostoso tanto para a família quanto para as visitas e amigos.

Lembre sempre que, quando se trata da redecoração, o estilo de vida não pode ser esquecido. Para pessoas mais despojadas, ambientes multiuso podem ser bem úteis. "Retirar um dos braços do sofá, ou comprá-lo desta forma, dá um ‘quê’ de divã ao ambiente, deixando o local convidativo para um relaxamento nos momentos de introspecção", ensina Fábio.

Antes de transformar sua casa, avalie se ela precisa mesmo de uma reforma ou simplesmente de uma cara nova. Pesquise sobre as mudanças que gostaria de fazer, sem comprometer a renda da família, ou a sua (caso more sozinha). E então dê o seu máximo e deixe o lar com a sua cara! Além de você ficar satisfeita, seu bolso agradece.

Dicas de organização que redecoram
- Guarda roupa: tenha sempre cabides iguais, coloque toda a roupa dobrada em pilhas sempre dobradas do mesmo tamanho e, de preferência, separe por cores, colocando da mais escura para a mais clara

- Quarto de dormir: opte por tê-lo sempre com poucos objetos, aqueles que você gosta, assim seu quarto será sempre arrumado e confortável

- Local para trabalhar/escritório: o lugar de trabalho pode ser qualquer canto, desde que seja organizado - papéis sempre empilhados, canetas a disposição, mas em um só lugar. O ideal é separar o lugar de descanso do lugar de trabalho

Fonte: Daisy Khappaz, da Hubby

Por Priscilla Nery (MBPress)

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"Examinem tudo...

... (mas) retenham só o bem".

Esse versículo de 1 Tessalonicenses 5:21 é mesmo o máximo!

Veja porque...

 - Quando somos crianças, os pais podem errar - aí, olhamos e pensamos: nunca vou fazer isso com meu filho.

- Depois, são os professores que erram - e pensamos: nunca serei professor! (ahuahuaha zueraa)

- Nossos amigos nos detonam pelas costas (baseado em fatos reais...) - e pensamos: não teremos mais amigos, nem vamos confiar em ninguém! Mas depois descobrimos que isso é meio que impossível.

- Se um líder espiritual erra, achamos um absurdo - mas esse é o caminho para que ele também aprenda conosco.

 - Quando nosso chefe erra, temos vontade de sair da empresa - aí, pensamos: esse cara não serve pra ser meu chefe. Mas seria bom pensarmos nas responsabilidades que ele tem.

Os erros das pessoas podem nos destruir ou não, só depende de como examinamos. E do que retemos. Reter o bem é ser livre para conversar sobre qualquer assunto, assistir a qualquer filme, ouvir qualquer besteira e, mesmo assim, não se contaminar.

Existem pelo menos dois tipos de pessoas: as que se deixam levar e as que levam!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Comemore o Dia dos Pais com muito amor!

Domingo é comemorado o Dia dos Pais, data em que as famílias costumam se reunir naquele almoço gostoso e dar presentes para aqueles que se dedicaram aos filhos. É um dia feliz para os responsáveis e seus pequenos.

Mas é também um tempo para refletir. Principalmente pela natureza superficial dos relacionamentos entre os pais e filhos que se espalha como uma doença nos dias de hoje.

"Uma recente pesquisa realizada em todo o Brasil com 860 pais de faixas econômicas diversas deixa claro uma diferença entre as concepções educativas e as intervenções concretas deles sobre seus filhos adolescentes. A maioria, 84%, defende que os pais nunca devem acreditar nos filhos. Já 57,4% concordam que os pais têm o direito de dar ‘palpite’ em tudo o que o filho faz", conta o consultor e autor Anderson Cavalcante.

Para ele, esse resultado se deve a uma descrença do responsável em si mesmo, por ter sido ausente na vida da sua criança ou adolescente. A verdade é que os pais têm faltado na vida dos filhos, o que impede que ambos criem vínculos e que confiem uns nos outros. Um exemplo típico são os pais que trabalham demais e não conseguem acompanhar a primeira palavra, o primeiro passo ou beijo de seu filho. A situação piora - e muito - se esse adulto chega em casa e não passa um tempo de qualidade com a criança, adolescente ou jovem, preferindo responder aos e-mails ou assistir algum programa na televisão.

"Sem acompanhamento, o filho não terá condições de desenvolver respeito e admiração pelo seu responsável", diz o consultor. E, de fato, é prejudicial para a família, e até para a sociedade, quando o pequeno não admira seu pai, seja por não conhecê-lo o suficiente para tanto seja porque o adulto não tem muitas atitudes admiráveis.

"Até os sete anos de idade, o caráter da criança é formado, tendo como principais responsáveis a mãe, pai e os professores, nessa ordem", afirma Anderson. Como os menores são como "esponjas" e absorvem tudo como se fosse verdade absoluta até essa idade, é bom vigiar o comportamento dentro de casa. Tudo estará se tornando ensinamento.

Claro que, mesmo nos relacionamentos mais desenvolvidos, existem as situações difíceis, em que o adulto não vai concordar com as escolhas do filho. Isso acontece muito durante a adolescência, época em que o filho começa a questionar tudo e tende a ter comportamentos inusitados e, questionadores.

Aí, o segredo é colocar o amor na frente dos preconceitos e até de uma raiva momentânea e avaliar o caso com cautela. "Quando as opiniões forem muito divergentes, pense que talvez você só adquiriu certa postura por ter vivenciado mais tipos de experiência que seu pequeno. O desafio é respeitarmos e, algumas vezes, apoiarmos nosso filho mesmo não concordando com a escolha que ele fez", sugere Anderson.

Um pai que é exemplo de vida
Mais que um exemplo para a família, o jornalista Francisco Sogari é um exemplo de vida. Após o atropelamento e morte de sua filha Gabriele, de apenas seis anos, ele resolveu tomar uma atitude em vez de viver em luto eterno. Uniu-se à sua esposa, a pedagoga Iracema Sogari, e criou o Instituto Gabi, ONG que atende a 70 crianças e adolescentes deficientes.

"É muito cruel perder um filho, mas eu precisava buscar uma saída para canalizar a dor da perda e fiz isso através de uma ação proativa. Criar o projeto me ajudou muito naquele momento", conta o jornalista.

Ele tem um filho - João Filipe, de 11 anos - e procura dar tempo de qualidade ao pequeno sempre que é possível - normalmente aos finais de semana. Mas, considerando que o pai é aquele que se dedica e se esforça para dar tudo de bom ao filho, ele se sente um pouco "pai" dos pequenos que atende na ONG.
"Acolhemos 70 crianças e adolescentes com deficiência e, sempre que estou com elas, vejo refletido o rosto da minha Gabi. A singeleza das crianças me remete sempre à memória dela. Fisicamente é impossível substituir a presença da minha filha, mas, ao melhorar a qualidade de vida dessas crianças, sinto que estou fazendo por ela", revela.

O outro lado
A relação entre pais e filhos é essencial para que a união da família e para a formação dos pequenos, mas estes também têm sua responsabilidade. "Quando transferimos aos nossos pais a ideia de heroísmo, não podemos impor sobre eles a condição de seres inabaláveis, pois cada pai é um ser como qualquer outro. O que o difere, na verdade, é a forma tão especial como um dia ele se assumiu como pai, como nosso pai", afirma Erika de Souza Bueno, consultora-pedagógica de Língua Portuguesa da empresa Planeta Educação.

No entanto, não se pode negar que os adultos têm a maior parcela dessa responsabilidade, já que são os seres mais maduros e os tutores dos pequenos. Então, é importante que o pai tenha características que despertem a admiração.

"Eu diria que esse pai deve ser íntegro - ter coerência nas suas palavras e ações, falar o que faz e fazer o que diz. Em segundo lugar, precisa ser intenso no que faz, se dedicar ao máximo quando estiver com o filho. E deve fazer tudo isso com muito amor, carinho e sentimento de acolhimento", ensina Anderson, autor do livro "Meu Pai, meu herói".

A presença do responsável é outro ponto essencial. "O mais importante na vida de um pai é sim a presença de um filho. Mas, às vezes, ela não precisa ser física. Eu passo a semana toda praticamente longe do meu filho, mas ele está sempre comigo, no coração", conta Francisco, do Instituto Gabi.

O fundamental é que as duas partes, pais e filhos, estejam cientes de que não são perfeitos e prontos para admitir os erros, perdoar e aprender uns com os outros. A chave para passar por cima das diferenças, ter sensibilidade e até para transformar um incidente doloroso num recomeço - como fez Francisco - é o amor. Com ele, nem pais nem filhos precisam "duelar" para ver seus interesses atendidos. E será um prazer abdicar de alguma coisa para ver o outro feliz.

Obs: Confira a matéria original aqui: http://vilamulher.terra.com.br/comemore-o-dia-dos-pais-com-muito-amor-8-1-55-476.html

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Na dúvida...

Entrei no meu orkut e vi um visitante incomum na listinha... Daí, fucei o perfil da pessoa.

Tenho quase certeza que é um ex-colega, que estudou comigo há muuuuuuuuito tempo atrás, na quarta série do  ensino fundamental. Mas ele não me adicionou, então achei melhor não responder também, num primeiro momento.

Só que eu parei para pensar melhor, e, como uma curiosa assumida, interessada, jornalista, e, o pior de tudo, repórter (rs), eu não pude evitar. Mandei um recaso perguntando se ele é mesmo quem eu penso que é.

Afinal, por que eu tenho que retribuir as coisas na mesma moeda? E qual o problema em perguntar as coisas que eu gostaria de saber? É tão interessante reencontrar pessoas com as quais se conviveu há anos! Ainda mais quando se era criança, apenas. tem gente que muda bastante desde a infância.

Enfim, mandei o recado e fiquei satisfeita. Espero um resposta, mas se ela não vier, sem problemas - estou acostumada com isso, graças a algumas fontes.

Por que estou contando isso aqui? Porque quero propor uma análise de nossos filtros e medos... Não acho certo me conter só por medo do que os outros vou pensar. Na dúvida, sou mais eu, com certeza.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Curso de inglês

Andei lendo umas coisas e refletindo sobre situações da minha vida.

Comeicei meu curso de inglês há poucos meses - ou melhor, recomecei, porque já tinha cursado até o nível intermediário, mas parei tudo em 2005. Ai, pra voltar, vocês sabem como é... Fiz cursinho (ficava lá das 07 até as 22h algumas vezes), então não tinha tempo. Nem dinheiro, pra falar a verdade.

Sempre gostei de inglês. Meu curso durante a adolescência foi um verdadeiro milagre (já que eu ganhei tudo, só paguei o material), eu tinha uma professora maravilhosa, que inclusive pegava no meu pé para eu estudar direito, aproveitar, enfim... Sinto que poderia mesmo ter me dedicado mais na época. Só que agora está tudo diferente, because (rs) eu quis mudar tudo.



Estava com muuuuuuuita vontade de terminar meus estudos, e meu inglês estava bem enferrujado também. Mas, pagando a faculdade, eu não tinha dinheiro pra mais nada. E enm tempo, pois trabalho até oito horas da noite e em alguns finais de semana. Que curso regular teria aula às 21h? Resposta: NENHUM!

De repente, quando eu já tinha me conformado em terminar a facul e depois fazer o curso, me liga uma agente de um escola de inglês, por indicação da minha querida colega e amiga - Mayara. Decidi agendar uma conversa com ela na facul, só pra saber mais. Era de uma escola que agenda as aulas - o que me interessou bastante. E tudo foi se adaptando, era exatamente o que eu precisava... e com descontos.

Fiz um esforço para convencer meu pai, ele precisava me emprestar uns cheques para eu fechar negócio. Ele deve ter pensado (ele pensou, vai) que eu era idiota, pelo que me respondeu: "Isso é golpe". Mas eu orei e sabia que não era, me informei sobre a rede de idiomas e li o contrato de cabo a rabo.

Então, assinei.Foi uma bênção, realmente. Está sendo uma bênção, a cada aula me sinto mais animada com a nova língua, um novo universo, outros nomes para coisa que eu conheço...

Me enfiei sim na "loucura" de fazer mais um curso junto com faculdade, trabalho, namoro, igreja, família, amigos... hauahuahauh

O tempo de Deus para as coisas não é nosso tempo, e nem sempre o caminho mais fácil é o melhor.