sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ohando...

Olhei para baixo e me desanimei com o poço de lama.
Olhei para trás e me decepcionei com as coisas de sempre.
Olhei pra esquerda, e mil caíram.
Olhei pra direita, e foram dez mil!
Mas olhei para o alto e... não vi mais as aparências.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Recadinho com explicação de português

Isso já foi comprovado, gente! Entre o sono e a fome, este (o sono) ganhou fácil!
ahauahua

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

De mudança.

Armários, roupas, portas, gavetas, chaves, papéis, lembranças inúteis. Fotos, janelas, recentes ensaios. Gotas espalhadas pelo vento. Nada mais fazia sentido. Eu estava de mudança, de novo... para o mesmo lugar de onde saíra.
Não queria gritar, nem assustar, nem ser incrédula mais uma vez, nem me esconder no porta-retrato. Nem ficar mais nas sombras diante de tantas luzes. Nem remoer falsas esperanças. Ouvia meu rock preferido. Me revoltava contra o inimigo. Contra tantos inimigos de quem eu nada sabia. E contra um que eu desconhecia ao mesmo tempo. Tempo...! De dar voltas, chorar, desanimar, retroceder, morrer... e aonde andava o tempo de se abraçar, de recomeçar, de sorrir?
Se eu pudesse derrotar a todos que ficavam me rodeando, talvez estivesse mais feliz.
Queria saber tudo o que não sabia!
Mas, certo dia, revolvi estranhos sentimentos à luz das palavras benditas. Descobri que precisava ser transformada, ou seja, virar outra, e tudo estaria resolvido, ou melhor, eu teria a chave para resolver...
Olhei pra dentro de mim, e descobri o pior inimigo. O mais confuso e curioso: minha vontade.

Lugares mais altos

Sempre tive medo de altura.
Quando criança, evitava árvores, sacadas de prédios, enfim... Os brinquedos do Playcenter até hoje causam medo se eu ficar olhando. Detalhe: hoje já tenho vinte anos. Claro, nunca me arrisquei muito, por isso não sofri com ossos quebrados, por exemplo. Essa, aliás, é a parte boa em que não pensava: fui preservada por receio de me machucar. Mas sentia tanta vontade de subir!
Uma noite, fui levada a um parque de diversões. Devia ter uns oito anos de idade. Apesar de haverem outros brinquedos, meus olhos brilhavam para um só. Virei para minha tia e disse: "Quero aquele!". Ela prontamente atendeu ao meu pedido, entrando na fila. A cada passo que dávamos, minha ansiedade crescia. Quando finalmente entramos no carrinho, eu estava alegre e comemorando. De repente, ligaram o brinquedo. Uma onda de pavor se aproximou: eu não parava de subir! Comecei a chorar, mas sem fazer nenhum barulho. Respirei fundo e olhei para baixo.
Então, percebi estar numa montanha-russa. Fechei os olhos, temendo a velocidade e a altura.
Anos mais tarde, fui a outro parque de diversões com minha família. Vi um avião que subia bastante, e resolvi entrar...
Não acreditei: abri os olhos lá no alto, senti uma brisa suave, vi minha casa, as luzes da noite, as pessoas... só ali senti minha vontade saciada.
Depois, quando nasci novamente, entendi todos os propósitos. O medo não é de subir, mas sim de cair. E basta tomar cuidado.
Nasceu em mim o desejo de alcançar os lugares mais altos da minha vida...

Voltei

Voltei a escrever aqui. Voltar nesse caso não é um retrocesso, mas uma vitória. A verdade é que sempre escrevi quando tive tempo e vontade combinados, o que é extremamente difícil.
Divirtam-se, reflitam, boas leituras! rs