sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Escola de culinária para crianças

Trabalhar, dar conta da casa, marido e de filhos é mesmo um grande desafio. Principalmente quando o trabalho exige muitas horas de nosso dia, e sobra pouco tempo para pensar em detalhes como a roupa ou mesmo no tipo de alimentação dos pequenos. Para muitos pais, é difícil ensinar para as crianças a importância de consumir todo tipo de nutriente, inclusive as vitaminas presentes em legumes, verduras e frutas - que algumas vezes acabam mal vistos por meninos e meninas, em especial pelo sabor diferente.

Divulgação/Minichefs

De olho nessa dificuldade, surgiu a escola MiniChefs, que percorre as capitais brasileiras desde 2009. Voltada para crianças a partir de quatro a 12 anos, ela oferece cursos para atender às necessidades específicas de cada faixa etária. "Nosso objetivo é mostrar para crianças (e também pais) que uma culinária mais saudável, que foque em vegetais e frutas, pode ser gostosa e divertida", afirma coordenadora do espaço MiniChefs, Luciana Bischoff.

Com essa proposta, a instituição mistura, em sua equipe, profissionais da área de educação e nutrição. Os pequenos participam de aulas em que aprendem como preparar pratos simples e nutritivos. O ponto alto é o momento em que eles literalmente colocam a mão na massa - e, claro, se divertem bastante. Depois, experimentam o alimento e ainda levam uma amostra para os pais saborearem em casa.

A consultora e chef de cozinha, Ana Luisa Favaretto, explica que, aprendendo de forma lúdica, fica mais fácil para os pequenos experimentarem novos alimentos. "Nas aulinhas, o MiniChef descobre uma maneira divertida e saborosa de experimentar as verduras, legumes e frutas, aprendendo a misturar ingredientes saudáveis, mas não menos saborosos e acaba levando isso pro seu dia-a-dia".

As receitas são, em sua maioria, aquelas básicas do nosso dia-a-dia, porém com atrativos para as crianças. Assim, elas não estranham o cardápio oferecido em casa. "Nós fazemos pequenas mudanças em receitas já existentes, como uma simples salada de atum com alface em que as crianças conseguem montar barquinhos a partir desses mesmos ingredientes", conta Luciana.

Segundo a coordenadora, o conteúdo e a forma das aulas trazem vários benefícios, tanto para os pequenos como para os familiares. "Apresentamos para as crianças novos hábitos alimentares, estimulamos a criatividade e a coordenação motora com elas quando ensinamos as receitas, incentivamos o trabalho em grupo - isso faz com que as crianças se socializem utilizando utensílios domésticos de seus colegas e ainda promovemos um maior relacionamento com os pais, já que as crianças levam o livro de receitas para casa para repetir a aula com os pais e familiares."

Como os aluninhos também preparam as receitas, acabam aprendendo também a manusear utensílios domésticos de maneira segura. Com tantos benefícios, as aulas conquistaram inclusive a aprovação de pais e mães. "Achei o curso muito interessante, pois aguçou ainda mais a curiosidade da minha filha e o prazer perante o ato de cozinhar. Também a deixou mais ligada ao aspecto de segurança na cozinha", diz Carolina Leite, mãe da MiniChef Amanda.

Quem gostou da ideia e quer conhecer melhor a escola pode acessar o site www.minichefs.com.br. Pode ser uma boa pedida para melhorar a alimentação das crianças em casa, na escola ou em qualquer outro lugar.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Paradoxo

Desde bebê, quando estamos com sono, lutamos contra ele. Mas podemos dormir.

Procuramos incertezas. Coisas que não queremos sentir.

Como disse Paulo, "o bem que eu quero, esse não faço. O mal, que não quero, esse faço". É tão interessante essa afirmação... O bem pode ser algo que não nos levará ao caminho certo, como está em Eclesiastes - há um caminho que ao homem parece bom, mas ao seu fim é caminho de morte. Ou pode ainda ser o bem de verdade, mas que ele não consegue praticar porque está preso a alguma coisa.

Esperamos tanto por certas coisas e, quando elas finalmente vêm, já não fazem sentido.

Podemos até tomar decisões, saber que estão certas, mas não entender porque as tomamos!

Isso angustia, é estranho demais. Somos todos paradoxos por dentro. E alguns são também por fora.

Queria entender porque não consigo simplesmente desistir quando não tenho mais forças. Porque choro de vez em quando. Porque tudo mudou tanto.

Passa por mim o vento. Como ele, não vejo minha fé, mas posso sentir.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Viagem de metrô



Como muitas garotas de cidade grande, pego o metrô para trabalhar. É ótimo naõ precisar usar - nem esperar, principalmente - ônibus. O tempo de viagem é reduzidíssimo, levando em conta o fato de que atravesso a cidade.

Há pessoas andando, correndo atrasadas. Fico brava todas as vezes que o trem parte bem na hora que chego na plataforma. Corro para entrar, mesmo quando estou adiantada.As pessoas olham para mim...

Sim, os passageiros olham para qualquer um que entre no vagão. Minhas unhas compridas e vinho, minha blusa com alguns dizeres chamam à atenção sem que eu realmente goste disso. Sento-me em algum canto isolado, ou me equilibro de pé, sozinha, de novo.

Tantas futilidades. Mais tarde, consigo me sentar um pouco, depois que um casal se levanta. Olho para a janela da mesma forma quando aparece o nada ou alguma pessoa numa plataforma de estação. Só quero esquecer, passar sem que ninguém veja. Mas não consigo.

De repente, uma cena me tortura do lado de fora. Por que tantos casais pra aparecer, por quê? Olho novamente o nada, sem nada ver. Agora, a ferida está exposta de novo. Olho para meu reflexo no vidro, esgotada. as lágrimas querendo sair em meio aos estranhos. Porém não saem.

Olho para meu futuro, cansada. Finalmente, a viagem termina. E posso mergulhar em outros textos, para sentir certo alívio. Até quando?

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Trabalho e filhos pequenos - dá para conciliar?

No mundo dos famosos, há exemplos de mulheres que deram um jeito de conciliar diversos trabalhos e o cuidado com os filhos: a atriz Angelina Jolie tem nada menos que seis pequenos, e em terras nacionais a modelo e atriz Fernanda Lima é mãe dedicada para seus filhos, os gêmeos João e Francisco.

Mas é claro que o dinheiro ajuda bastante nesses casos. Elas podem contratar babás, faxineiras, cozinheiras para ajudar com as coisas de casa e cuidar das crianças enquanto elas estão trabalhando. Mas, quando se tem filhos sem ter muitas riquezas, tudo fica bem mais complicado.

Esse é o caso de Leyza Araújo. Manicure desde mocinha, hoje ela possui seu próprio salão de beleza - pequeno, mas charmoso, em São Paulo. O fato é que ela se vira bem com a administração de seu negócio e a assistência aos filhos, Kamila, de 12 anos, e Daniel, de oito.

 Leyza e os filhos

"Trabalho com hora marcada, por isso posso conciliar as duas coisas, cuidar dos meus filhos e trabalhar", conta. Apesar disso, a rotina de Leyza não é fácil. "Levanto às seis da manhã, levo a Kamila na escola - ela entra às sete. Volto para abrir o salão às oito e atendo os clientes até 11h. Depois, vou para casa arrumar o Daniel, levá-lo à escola e buscar a Kamila, porque os dois estudam no mesmo lugar, só que em horários diferentes. Retorno ao salão e espero o horário de buscar o Dani, por volta das 17h. Finalmente, vou para casa no final do dia, arrumar tudo, preparar o jantar, etc."

Ufa! É uma correria só, mas a manicure não reclama. Faz questão de acompanhar seus pequenos o máximo que pode, mesmo que tenha que ir dormir tarde e acordar cedo quase todos os dias. No sábado - dia de maior movimento no salão - Leyza leva Kamila e Daniel para o local de trabalho.
Para se dedicar aos filhotes e ao trabalho, ela conta, claro, com ajudantes. As funcionárias de seu salão de beleza são confiáveis, e cuidam do local quando a mamãe coruja está fora. Os filhos também foram ensinados a se adaptar à rotina.

"O segredo para tudo isso é disposição, e me sinto uma privilegiada, pois posso cuidar da minha família e trabalhar, graças a Deus", fala a manicure. Para ela, o esforço vale a pena sim, porque não existe ninguém melhor que a mãe para cuidar dos filhotes.

Assim como Leyza, há muitas mulheres que se desdobram em mil e conseguem dar conta dos filhos e do trabalho. Apesar de existirem momentos em que é preciso se dedicar mais a uma coisa - como uma reunião importante ou quando o filho adoece -, a conciliação é possível.

Se você não tem um emprego flexível como o da manicure, não se preocupe. Para os filhos, o importante é a qualidade do tempo que vocês passam juntos, e a sua dedicação a eles. Seus pequenos percebem quando você está fazendo o máximo para ficar mais perto deles. O que não vale é precisar - ou desejar muito - trabalhar e não fazer isso só para ficar em casa com as crianças. Isso pode deixar você frustrada mais tarde, culpando seus filhos pela ausência de uma carreira de sucesso.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sumi de novo!

Ok, sei que sumi por vários dias... Mas vida de estudante é assim, o mês de novembro é algo crucial na faculdade - se não entregar os trabalhos, pega exame e, provavelmente, uma bela DP, que custa a metade da mensalidade! (e olha que não é pouco)

Então, sumi, mas voltei hoje. Amo escrever aqui. E, aproveitando a deixa, agradeço a cada um que dispõe um poquinho de seu tempo para ler meus textos. Com tanta coisa na internet, esse pessoal é mesmo corajoso, parabéns! hauahua

Depois de parecer um zumbi por algumas semanas, hoje posso dizer que vou dormir bem! E depois de ficar louca, com tudo acumulado para entregar na facul e no trabalho, estou de férias, e passei direto! Uhuu! Parece bobagem, mas quando você percebe que tudo acabou bem - e que você, sua família, ministério, namoro e vida social sobreviveram -, fica super feliz! rs

Agora, o pessoal que espera pacientemente por um tempo meu, tem grandes possibilidades de dar uma volta comigo pelo shopping, lojas, lanchonetes, museu, parques e afins. Vou mesmo tentar conciliar tudinho com o trabalho e compromissos.

Portanto, beijos e valeu a paciência.

Poética

Hoje estou duvidando. De quase tudo. Não do que confio, mas do que escolho confiar.
Hoje estou pensando, confusa. Não com minhas convicções, mas com meu futuro, breve.
Hoje estou me sentindo um pouco mais sozinha. Um pouco mais humana. Um pouco menos digna...
Preciso de certezas, acertos e ações.
Preciso de recomeços e ligações. Preciso da paz que excede o entendimento.
E assim, curiosamente, também não me reconheço; deveria estar chorando turbilhões, deveriam estar descontroladas minhas emoções.
Mas não, não. Dominei as sensações, sem lágrimas, sem choro. Sem esperar para ser frustrada.
Ainda tenho essa certeza de verdade, da verdade que tenho em mim. Ainda creio que a história terá um outro fim...