Que me olhava, me escrevia,
Não sabia que me envolvia
E tudo não era para os outros
Era pra mim.
Que me apoiava e eu crescia
Não sabia da minha parte vazia
E tudo não era para os outros
Era pra mim.
Que me chorava, e eu fortalecia
Que às vezes me aborrecia,
Mas a força não ia só pra ele,
Ia pra mim.
Que reclamava e eu ouvia,
Que voltava e permanecia,
Que me aninhava e me fortalecia.
Mas sua mão não mais aparecia,
Seu perdão não mais me invadia,
Sua paixão me faltava, todo dia
Suas palavras, olhares, alegria.
Que me homenageava e assumia
Pensava que eu gostasse porque o outro via
Mas a certeza não era para os outros,
Era pra mim.
terça-feira, 23 de junho de 2015
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Naquele porta-retrato
Só eu sei como é estranho
Ter e olhar aquele porta-retrato.
Aquele vazio porta-retrato,
Incompleto porta-retrato
Retratando com sutileza
Muitas ausências minhas.
Não ter amor num retrato,
Não ter sorriso num retrato,
Não ter certeza de um retrato.
Pois não quis conter incertezas no porta-retrato,
Nem esperanças no porta-retrato,
Não quis ver minhas lágrimas ali, alguns dias;
Não quis compartilhar as poucas alegrias.
Só eu sei como é solitário
Olhar aquilo sem um retrato.
Ter e olhar aquele porta-retrato.
Aquele vazio porta-retrato,
Incompleto porta-retrato
Retratando com sutileza
Muitas ausências minhas.
Não ter amor num retrato,
Não ter sorriso num retrato,
Não ter certeza de um retrato.
Pois não quis conter incertezas no porta-retrato,
Nem esperanças no porta-retrato,
Não quis ver minhas lágrimas ali, alguns dias;
Não quis compartilhar as poucas alegrias.
Só eu sei como é solitário
Olhar aquilo sem um retrato.
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