terça-feira, 31 de agosto de 2010

Prós e contras da gravidez no inverno

Durante a gravidez, as futuras mamães passam por momentos incômodos. São enjoos, inchaço, vontade de ir ao banheiro toda hora... Mas esse período pode ficar mais confortável quando tudo é programado.

Alguns especialistas apontam a primavera como a melhor estação para um parto, seja ele normal ou cesariano. Isso implica passar boa parte da gestação no inverno, o que merece atenção especial, já que a estação fria tem suas peculiaridades. Por isso, o Vila Filhos separou dicas para ajudar as gestantes a passar por tudo da melhor maneira possível.



Dentre as vantagens de estar esperando um bebê nessa época está uma melhor qualidade do sono. No verão, por exemplo, as grávidas podem ter mais dificuldades para dormir caso o quarto fique abafado. Já no inverno, elas, que já sentem mais sono que o normal, podem dormir com mais conforto.

Os enjoos, porém, parecem aumentar com as temperaturas mais baixas. "Talvez haja maior sensibilidade olfativa e gustatória neste período, principalmente com refeições mais quentes", analisa Wagner Busato, especialista em Ginecologia e Medicina Reprodutiva e Diretor do Centro de Reprodução Humana Santana (CRH Santana).

Como o clima frio pode deixar a pele ressecada, as futuras mamães precisam hidratá-la com mais frequência. No entanto, é necessário ter cuidado na hora de escolher os produtos certos para fazer isso, pois os óleos podem dificultar as trocas de calor com o meio externo pelo suor e causar brotoejas quando o uso é inadequado. É bom substituí-los por hidratantes com alto teor ou à base de água.

Mas também existe uma vantagem para a pele durante o inverno: menor transpiração, e, em consequência, menos oleosidade. No calor, as grávidas se sentem desconfortáveis por transpirarem demais e precisarem de vários banhos por dia.

No inverno, a intensidade dos raios solares fica reduzida, junto com os riscos dela. Afinal, quem vai querer tomar banho de sol em praias ou piscinas durante o frio? Isso é benéfico, pois evita manchas e brotoejas que poderiam aparecer em decorrência da exposição ao sol.

Outra boa notícia é para aquelas que passam o finalzinho da gravidez com o tempo frio: o inchaço dos últimos meses de gestação tende a diminuir, e isso tem tudo a ver com o clima. "O inchaço é menor por menos dilatação dos vasos circulatórios que tentam manter o calor do sangue no interior do corpo", diz o especialista.

Roupas características da estação fria, como meias finas, podem ser uma boa ideia para fugir de marcas incômodas que geralmente aparecem durante a gravidez, como afirma Wagner. "O uso de meias elásticas e outras que causam constrição (retração) das veias melhora o retorno venoso, auxiliando na prevenção e tratamento das varizes".

Todo mundo sabe que a futura mãe que quiser dormir bem à noite não deve tomar muito líquido. Essa regra fica ainda mais importante no frio, porque a produção de urina é maior devido à diminuição de sudorese.

Os cuidados com um possível choque térmico devem ser redobrados, já que a grávida tem temperatura corporal mais alta que a média das pessoas (+ ou- 37,5ºC). Sair bem agasalhada previne uma possível sensação de desconforto e o resfriamento brusco das vias aéreas, que poderia causar infecções e resfriados.

Confira outras recomendações de Wagner:
- Mantenha as pernas e pés aquecidos com meias e massagens para evitar câimbras;

- Evite a ingestão de sal em excesso. A pressão arterial tende a ser mais alta no frio;

- Evite banhos quentes e prolongados, além dos efeitos na pele (prejudicam a camada de proteção), ocorre queda da pressão arterial;

- Alimente-se com maior freqüência. A hipoglicemia é mais comum devido ao gasto calórico para manutenção da temperatura corporal.

Seguindo as dicas tudo direitinho, você curte bastante sua gravidez e ainda evita contratempos e mal estar.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Obesidade infantil e alimentação nas escolas

 Faz tempo que a obesidade e outras doenças deixaram de ser males exclusivos dos adultos e passaram a atingir os pequenos também. Por todo o mundo, cada vez mais crianças estão acima do peso. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até o fim deste ano, a quantidade de crianças com menos de cinco anos que terão sobrepeso ou obesidade ultrapasse os 42 milhões.

O número é alarmante, em especial para os chamados países em desenvolvimento, como o Brasil, nos quais se concentram 35 milhões desses pequenos.



Outro exemplo desses países é o México, que está em primeiro lugar quando o assunto é obesidade infantil. Tanto que a nação pretende proibir alimentos com alto teor de calorias dentro das escolas.

Porém, ter crianças mais pesadas e doentes não é privilégio dos países mais pobres. Nos Estados Unidos, estima-se que uma em cada três crianças esteja acima do peso. Lá, o Congresso debate a "Lei sobre Alimentação Infantil", projeto organizado pela primeira-dama Michelle Obama e que também propõe a melhoria da qualidade de alimentos nos colégios.

Aqui no Brasil, uma ideia semelhante aguarda para se tornar lei. O texto de autoria da deputada Patrícia Lima (PR) e popularmente conhecido como "lei anticoxinha" foi aprovado ano passado pela Assembleia Legislativa e ainda está em andamento na maioria dos estados. O objetivo é impedir que alimentos de alto valor calórico e com gordura trans sejam oferecidos em cantinas e merendas escolares.

No Rio de Janeiro, uma lei estadual proíbe a venda de alimentos que contribuam para a obesidade infantil dentro de escolas desde 2005. No início deste ano, o governo de São Paulo finalizava um novo projeto que, com algumas modificações no texto, também tem por meta deixar a comida mais saudável nas instituições de ensino.

Mas alguns colégios brasileiros não esperaram alguma lei para começar a mudança dos hábitos alimentares de seus alunos. No Rio grande do Sul, uma cidade inteira substituiu produtos industrializados por outros produzidos por agricultores locais. O município de Dois Irmãos conseguiu até melhorar o desempenho dos alunos desde a implantação do projeto e foi citado numa reportagem do Jornal Nacional.

Na maior cidade do país, uma pesquisa ajudou a mobilizar instituições de ensino. A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) estima que 33% das crianças e adolescentes com idade entre 10 e 15 anos que frequentam colégios particulares no município de São Paulo estejam acima do peso.

Por isso, escolas têm cortado frituras e doces do cardápio disponível nas cantinas, oferecido pratos saudáveis durante refeições e incentivado o consumo de comidas importantes que são, no geral, detestadas pelos pequenos, mas que contêm nutrientes indispensáveis para a manutenção do organismo humano.

No colégio Módulo, de São Paulo, uma ideia simples ensina as crianças a se alimentarem melhor. "Um exemplo prático é o projeto desenvolvido pelos alunos do 1º ano para tentar aprimorar o hábito da alimentação saudável, com utilização do lúdico, do prazer de aprender e participar, para quebrar os repúdios que as crianças têm contra alguns alimentos. O projeto começa com a criação de uma horta com cenoura, beterraba e espinafre", diz o diretor acadêmico da escola, Wagner Sanchez.

O aprendizado no colégio segue com o cultivo da horta e depois com o ensino de receitas que têm os vegetais como ingredientes principais. Por último, os alunos podem saborear o resultado, e costumam aprovar. "Todo este ritual leva boa parte da turma a ‘amar’ cenoura, beterraba e espinafre", comemora o diretor.

Ele conta que a escola toma outras medidas para diminuir o número de estudantes acima do peso, como a implantação de produtos diferenciados por faixa etária e de "Kits Lanches", inclusão de alimentos funcionais nas receitas dos itens preparados na cantina - farinha integral e linhaça nas massas dos salgados, por exemplo - e incentivo ao consumo de sucos em vez de refrigerantes.

Se outros colégios tiverem iniciativas para oferecer alimentos de mais qualidade ao público infanto-juvenil, os pequenos só têm a ganhar. Mas, como os hábitos familiares influenciam - e muito - na vida dos mais jovens, é bom se informar e dar prioridade aos alimentos com menos gorduras, açúcares e sal. Assim, mesmo que a escola do seu filho tenha aqueles lanches que não fazem nenhum bem para a saúde, ele não vai comer só besteiras o dia todo. E, quem sabe, ele opte por algo mais saudável por estar acostumado.


Por Priscilla Nery (MBPress)



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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Clareamento dental: mitos e verdades

Ter um sorriso bonito pode abrir muitas portas, além, claro, de dar um "up" na aparência de qualquer um. Por isso, uma manchinha que apareça nos dentes se torna bem incômoda, já que deixa a pessoa desconfortável na hora de sorrir.



Diante desse problema, muita gente recorre ao clareamento, para ter de novo os dentes branquinhos. Mas há quem ainda tenha receio de experimentar essa técnica, por medo ou falta de informação.

Apesar de existirem alguns mitos sobre o clareamento dentário, de acordo com especialistas, o método é seguro e pode ser realizado para clarear dentes amarelados ou acinzentados. A dentista Fátima Caldeira, proprietária do Spa Dental, em São Paulo, conta que há várias situações em que essa técnica é indicada, como envelhecimento natural dos dentes e defeitos no esmalte por fatores congênito, além de manchas por fatores externos, como o uso frequente de café, vinho, refrigerantes a base de cola, tabaco, clorofila, açaí, fluoreto estanhoso, etc. Excesso de antibióticos à base de tetraciclina também provoca manchas nos dentes, quando usado entre o quarto mês de vida intra-uterina até os sete anos de idade. Restaurações de Amálgama e tratamento de canal são outras causas de marcas nos dentes.

O clareamento pode ser realizado de duas maneiras: com um laser ou moldeira. "O primeiro é realizado com aparelhos que associam um tipo especial de luz, conhecido como LED (diodo emissor de luz) e um laser de iodo, que juntos ativam um gel formado por peróxido de hidrogênio de 35% a 50%, promovendo um clareamento mais rápido", explica Fátima. O procedimento é feito em consultório odontológico. Cada sessão dura em torno de 60 minutos, sendo necessárias geralmente de duas a três sessões.

Já a opção de tratamento com a moldeira deve ser realizada na casa do próprio paciente, sob a supervisão de um dentista. A moldeira é confeccionada de acordo com a boca do paciente e depois usada para a aplicação de peróxido de carbamina a 10% ou 12%. A substância penetra no esmalte e na dentina, liberando oxigênio, que serve para eliminar as moléculas dos pigmentos que promovem as manchas. Nesse caso, a pessoa usa o dispositivo por pelo menos 10 dias, durante quatro horas diárias.

Apesar de ser mais confortável, fazer o tratamento em casa tem suas desvantagens. "O clareamento doméstico, embora seja efetivo, possui alguns inconvenientes como a deglutição do produto, contato do produto com a gengiva podendo promover irritação, gosto desagradável e tempo maior para se alcançar o efeito desejado", aponta a dentista.

Ela afirma que ambos os métodos são eficazes, e dá a dica para quem deseja potencializar o resultado: fazer os dois ao mesmo tempo (isso custa de R$ 800 a R$ 1.300). O resultado geralmente dura de um a dois anos; depois, é bom refazer o procedimento ou pelo menos uma manutenção, com a moldeira mesmo. "A durabilidade do clareamento vai depender dos hábitos do paciente (não fumar, evitar alimentos com corantes como vinho, café, suco de uva, açaí, etc.), que deve manter sempre uma boa escovação", aconselha a especialista.

As contra-indicações para esse tipo de tratamento são para as mulheres grávidas ou amamentando (especialmente quando o procedimento é realizado em casa, pois é arriscado engolir a substância); crianças com menos de 14 anos (que ainda não concluíram a fase de mineralização dos dentes); dentes com manchas brancas; pacientes com grande perda de estrutura dentária; pacientes com problemas periodontais (inflamações ou infecções na gengiva), cáries, sensibilidade dentária.

Um mito famoso sobre o clareamento é que ele provoca câncer. "Essa informação não tem fundamento. Tanto é assim que a FDA (Food and Drug Administration, órgão americano que regula alimentos e medicamentos) e a ADA (American Dental Association) aprovam o uso das substâncias usadas nos clareamentos", desmente Fátima. "Porém, esses métodos devem ser supervisionados por um profissional capacitado", completa.

Adesivos
Quem sofre apenas com dentes amarelados, com manchas ou levemente desalinhados tem a opção de usar os "adesivos" para clareamento, bastante vendidos no exterior. "Uma das vantagens deste tratamento, é que, ao contrário das facetas convencionais, o dentista não precisa desgastar os dentes do paciente com brocas, preservando ao máximo suas estruturas naturais", diz a dentista. No entanto, é necessário ter cuidado na hora da higiene bucal e com alimentos muito duros.

Fátima alerta ainda que não adianta usar apenas cremes dentais para deixar os dentes branquinhos. "Recentemente, ficou constatado, através de uma pesquisa, que as pastas de dentes não ajudam a clarear os dentes. Elas não contêm a quantidade necessária de substâncias que fazem os dentes ficarem mais brancos".

O jeito é recorrer aos tratamentos mesmo. Mas atenção. Para não ter nenhuma surpresa desagradável, o segredo é não fazer nada por conta própria. Siga as orientações de um profissional capacitado, sempre. "É possível comprar produtos que prometem clarear os dentes até por telefone, mas isso não é aconselhável. O uso indiscriminado desses produtos pode trazer problemas como hipersensibilidade e enfraquecimento dos dentes e também à gengiva", finaliza.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Uma dica é sempre válida

Gente, aproveitando o gancho dessa minha matéria, venho dizer que todo o cuidado é pouco na internet. Divulgar simples informações pode ser bem prejudicial.

Não sei quem se lembra, mas uma vez pude provar como é bom dar o mínimo de informações sobre mim aqui e nas redes sociais de que participo. Recebi uma pauta sobre maconha e, quando o texto foi publicado, uns caras de um blog que apoia o uso de maconha fizeram uma crítica no tal blog. Li e respeito a opinião deles, até comentei isso com algumas pessoas.

Mas com a atitude imatura deles, e em especial dos leitores daquele endereço, não posso concordar. Resolveram me xingar e ofender ao médico que me deu entrevista sobre o tema, inclusive aqui no meu blog.. Aposto - e ganho - que nem metade daquele povo leu, de fato, a matéria. Prova disso foram os argumentos deles.

Agora, imaginem se eu deixo alguma informação importante disponível? Vai saber o que iam fazer, né?

Para os curiosos (como eu), deixo o link da matéria no Vila Mulher: http://vilamulher.terra.com.br/como-lidar-com-um-filho-usuario-de-maconha-8-1-57-72.html

O quanto você se expõe na web?

O exibicionismo vem se tornando mais comum a cada dia em nossas vidas. Com a Internet sendo cada vez mais utilizada por diferentes camadas sociais parece que a rede potencializou a "necessidade" de exibição de muita gente.

No início, só os e-mails existiam (e não representavam grandes riscos); com o tempo, vieram as redes sociais de vários tipos e, com elas, a possibilidade de se divulgar informações, imagens e vídeos a uma velocidade nunca antes vista.

Assim, por meio de webcams e fotografias, homens, mulheres, crianças e adolescentes encontraram uma forma de chamar a atenção de centenas, milhares, milhões de usuários ao mesmo tempo. Só que alguns indivíduos ultrapassam a linha tênue entre a exibição e a exposição desenfreada.

A terceira edição do "Lingerie Day", movimento lançado no Twitter, causou polêmica. Afinal, para aderir a ele, as mulheres precisavam publicar uma foto só com peças íntimas no microblog. Algumas moças participaram do "Lingerie Day" sem ao menos saber a utilidade e a mensagem que seria passada por meio dele.

Mas por que será que essas pessoas fazem na rede coisas que não fariam normalmente? "O papel da Internet nesse contexto é bem significativo, pois ela possibilita um modelo de encontro que tem muitos benefícios: você não precisa se arrumar, enfrentar trânsito, encontrar espaços na agenda", justifica a psicóloga Cida Rabelo.

Segundo a especialista, a rede fornece aos usuários uma falsa sensação de segurança, já que cada um se encontra atrás da tela de um computador. Só que isso não passa de ilusão. Apesar de permitir que qualquer um exponha e defenda suas ideias e opiniões e de não ter uma legislação própria, a Internet não é uma terra completamente sem lei.

"As pessoas não têm ideia de que podem não só ser vítimas como autoras de crimes cometidos via rede. Colocar fotos íntimas do parceiro sem autorização ou criar comunidades no Orkut ridicularizando outro indivíduo são atos que podem passar de 'brincadeiras inocentes’ a crimes contra a honra e invasão do direito à imagem, protegidos constitucionalmente", alerta a advogada Daniela Bachur. Já existem delegacias especializadas em crimes eletrônicos, como a 4ª Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos. "Os casos mais recorrentes são de pedofilia, estelionato e crimes contra a honra".

Navegar na web sem ter consciência disso é o mesmo que dirigir sem conhecer as placas de trânsito: muito arriscado. E o perigo aumenta consideravelmente quando menores de idade têm livre acesso à rede sem a supervisão de um adulto. O caso dos adolescentes do Rio Grande do Sul, que chocou a sociedade em geral, é um bom exemplo de como a falta de acompanhamento dos pais pode lesar a toda a família, sem necessidade.

Além do mais, o que parecia uma brincadeira da garota de 14 anos e do rapaz de 16 era, na verdade, um crime, já que os dois divulgaram na Internet imagens pornográficas envolvendo menores - ainda que no vídeo apareçam eles mesmos trocando carícias íntimas. Agora, os dois serão penalizados de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em frente à webcam, os dois se achavam seguros, mesmo conscientes de que muita gente estava assistindo o que faziam. Mas esqueceram da possibilidade de reproduzir, por exemplo, essas imagens possibilitando seu uso indevidamente.

Daniela ressalta que as pessoas esquecem que quando estão em frente ao computador, navegando na web, tem do outro lado da linha milhares de outras pessoas - e isso gera um contra-senso que dificulta o entendimento do que fazer. "O sentimento é de estar em privacidade, mas funciona como num reality show".

O exibicionismo via web também coloca os mais ingênuos num sério risco de vida, porque dá aos criminosos a oportunidade de encontrar vítimas rapidamente, como observa Daniela. "A quantidade de informações pessoais que são colocadas na rede voluntariamente pelos internautas é a grande vilã, já que tal exposição é que facilita o cometimento dos crimes que ocorrem fora da rede. Angariar informações e escolher a vítima, hoje, se dá em um clic".

Portanto, pais e responsáveis devem se informar e orientar os filhos a respeito dos perigos da Internet. E, o mais importante, precisam sim fiscalizar os sites e conteúdos vistos por seus pequenos, para verificar que riscos eles oferecem.

E, para os adultos internautas que adoram se exibir na web, vale tomar cuidado com o que tornam público. Cida dá dicas valiosas para aprender a não se expor demais na Internet. Em redes sociais, adicione quem você conhece e fale com pessoas indicadas. Tenha clareza dos riscos que corre e conheça a facilidade que existe em criar fantasias e mentiras no mundo virtual.

Também é útil conhecer melhor a natureza humana para saber que todos temos tristezas, alegrias, dualidades. Não vale a pena se expor só porque um amigo também o faz ou para mostrar que é mais bonita, sensual ou popular que alguém. Competir desta maneira com os outros, seja na rede ou não, só passa uma mensagem de insegurança.

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tempo que não volta



Lembro de quando fiquei mocinha. Foi um trauma pra mim, que na época tinha 11 anos. Eu já tinha lido a respeito, era bem informada, mas foi ruim mesmo assim. E me fez mudar de uma hora pra outra, tive que crescer antes do que minha mente pedia.

Depois, percebi que a cada dia os pequenos são obrigados a crescer mais rápido. Algumas roupas de hoje sugerem que as crianças são "mini adultos". Os brinquedos são parecidos com trabalho, as menininhas adoram uma maquiagem e salto alto... Claro que, na hora de brincar, vale sim imitar a mãe - e é muito divertido! O problema é que muitas garotinhas querem sair com roupas de adulto e se comportam como moças.

O mal disso tudo? Não precisa ser psicólogo pra saber que uma infância perdida não pode ser recuperada. Uma vez que alguém perde aquela inocência, aquela essência infantil, pronto. Daí, quando essa pessoa se torna adolescente, ou mesmo adulta, tende a querer reviver coisas de criança e acaba tendo atitudes imaturas para sua idade.

Como já dizia Provérbios 3: "Há tempo para todas as coisas debaixo dos céus". Bom é viver cada etapa com intensidade. Acho que essa é uma lição valiosa para ensinarmos às crianças de hoje!

Matéria de hoje: Lidando com um filho que tem trabalho de adulto

É comum que pais e mães vivam incentivando dons de seus filhos. Mesmo quando os pequenos dançam desengonçados, escrevem uma frase bobinha ou fazem desenhos estranhos - e até incompreensíveis -, não tem jeito: os adultos os enchem de elogios...

Agora, e quando a criança ou adolescente tem mesmo um dom? Quando ele divulga seu trabalho e acaba recebendo propostas e contratos? O que os pais fazem quando têm um verdadeiro prodígio dentro de casa?



Mário e Sueli estão se saindo bem nessa situação.

Pais de João Montanaro, que aos 14 anos já é cartunista e produz charges para o jornal "Folha de S. Paulo" e para a revista "Mad" e lançou recentemente seu primeiro livro, "Cócegas no Raciocínio" (Garimpo Editorial, 2010), os dois levam a situação com bastante naturalidade.

"Lido normalmente com o João. Como escolheu desenhar sobre política, claro que ele tem uma conversa bem diferente daquela dos garotos de 14 anos, às vezes é muito maduro", conta o pai. Mário tem sua parcela de "culpa" pela carreira precoce do filho. Afinal, os primeiros contatos do adolescente com quadrinhos aconteceram graças a ele. Mais tarde, o garoto começou a buscar referências, observar a produção de cartunistas famosos como Ziraldo, Angeli e Laerte, e tentar copiá-los até achar seu próprio estilo.

"Divulguei meu trabalho na maior ‘cara de pau’", brinca João. A internet ajudou bastante nesse processo. "Mandava e-mails para meus contatos e ia achando outros. Enviava meus desenhos. Algumas pessoas respondiam, e outras não", lembra. Aos poucos, aprimorou seus quadrinhos e hoje suas charges podem ser vistas todos os sábados na página 2 da Folha, por exemplo.
Mas se engana quem pensa que João não faz coisas de adolescente. Ele vai à escola, joga vídeo game e futebol com os amigos, como qualquer outro garoto de sua idade. Mesmo depois de contratado pelas publicações, sua rotina continua quase a mesma - só ficou mais "puxada" às sextas-feiras, dia da entrega da charge que será publicada no sábado. "E em semana de prova, claro".

"O trabalho que ele faz não atrapalha suas atividades normais, e ele concilia direitinho com a escola", garante Sueli que, como toda boa mãe, faz questão de ajudar a organizar as atividades do filho em casa, como os horários em que ele precisa acordar. Isso não é tão difícil, porque o garoto é mesmo precoce para algumas coisas. Desde pequeno, já conversava com pessoas bem mais velhas com naturalidade, e pelo jeito, é mais responsável que muito marmanjo por aí. "Acho que os prazos me ajudam a organizar tudo, gosto de ter dia certo para entregar um trabalho". É o pai quem analisa essa precocidade do filho. "Temos outro filho, o Rafa, que é gêmeo do João. Os dois tem 14 mas, às vezes, o João tem 30, gosta dos Beattles. A precocidade dele me apavora um pouco".

A responsabilidade também é importante na hora de João administrar o dinheiro que recebe. Ele até admite comprar alguns mimos, porém apenas quando sobra dinheiro. "Compro material com a maior parte do salário. E tomo cuidado para não gastar tudo assim que recebo".

Embora estejam lidando bem com essa nova etapa na vida do filho - e da família, por consequência -, os pais, lógico, têm suas preocupações. A principal é manter o adolescente com os pés no chão. "Meu filho adora desenhar, então tudo está sendo diversão para ele. Mas fazemos o máximo para orientá-lo sobre o certo e o errado, pois hoje ele é um formador de opinião", fala Sueli.

Mário se orgulha de ter um filho bem informado, e revela que ele e a esposa buscam se informar também. "Procuramos oferecer bons conteúdos para ele, para que ele passe mensagens bem embasadas para seus leitores". O pai do "cartunista prodígio" acompanha a carreira do garoto bem de perto e se esforça para organizar sua agenda e levar João a entrevistas, eventos e até gravações - que estão se tornando constantes na vida do adolescente.

Quando perguntados sobre o porquê de apoiarem o trabalho do filho, os pais são objetivos: desenhar faz João feliz. "Claro que a gente sempre fica de olho nele para ver se ele continua feliz com o trabalho, se está cansado disso e se tem os resultados que espera", diz Mário. "Mas não posso deixar de apoiar algo que faz meu filho feliz".

Por Priscilla Nery (MBPress)

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Matéria de hoje: Conquistando o respeito dos filhos

Nunca se ouviu falar tanto em falta de limites e desobediência  quanto atualmente. Tentando corrigir atitudes repressivas comuns na criação dos filhos em gerações passadas, muitos pais de hoje acabam deixando-os pintarem e bordarem, e não conseguem ganhar o respeito dos pequenos.

Respeito e obediência andam de mãos dadas; sem o primeiro, não dá para chegar ao segundo. Quando uma criança obedece, é sinal de que ela ouve e respeita seus pais. E, para que isso aconteça, os responsáveis também precisam respeitar seus filhos, enxergando-os como indivíduos com características e necessidades em particular.

"Assim, poderemos escutá-los de outro lugar. Talvez não mais como adultos, que veem no mundo da criança situações menos importantes, e sim como seres humanos com quem nos importamos e estamos absolutamente atentos às informações e necessidades apresentadas", afirma a terapeuta infantil Daniella Freixo de Faria.

Além de ter a mente e o coração abertos para ver os pequenos de maneira diferente, os responsáveis precisam saber quando devem corrigir as crianças. Para Daniella, é comum os adultos confundirem falta de entendimento com desobediência. Evitar esse equívoco depende da intensidade da relação e do conhecimento que eles têm de seus próprios filhos. "Não existe fórmula, nós temos que conhecer nossos filhos e assim saberemos quando faltou explicação e quando temos que construir esse caminho respeitoso".

Quando for o momento de apenas explicar melhor algo para um filho, pode ser mais fácil manter o controle e ter paciência. O problema é quando o pequeno realmente precisa ser corrigido. Nesse caso, é importante deixar as emoções de lado e usar o bom senso para encontrar o melhor caminho, que pode não ser o castigo - já que esse mecanismo vem carregado de irritação e até raiva. A terapeuta sugere algumas atitudes e comportamentos úteis na hora de corrigir as crianças:

1) Coerência na forma: se num dia gritamos, em outro mantemos um diálogo e em outro não fazemos nada, a mensagem chega de maneira confusa e com muita possibilidade de que volte a acontecer. Quando somos coerentes e atuamos de forma positiva as crianças sabem o que, quem e como encarar neste momento de crescimento.

2) Constância: sempre devemos corrigir comportamentos inadequados, mesmo que estejamos cansados, sem vontade ou sem tempo. Isso leva as crianças a perceberem e a distinguirem um comportamento adequado de um inadequado.

3) Construção da noção de consequência: quanto mais pudermos fazer com que as crianças vivenciem que toda ação tem uma consequência, mais os prepararemos para uma vida com total condição de escolha interna. A vivência da consequência substitui o famoso e tão aplicado castigo que, em vez de ensinar, é pontual e de efeito punitivo, acompanhado por uma grande carga de irritação. A consequência carrega em sua intenção amor, ensinamento e construção.

Ao contrário do castigo, que pode simplesmente deixar uma marca de dor, sofrimento e revolta, a consequência tende a ensinar uma lição de vida aos filhos, mostrando que a vida é feita de escolhas e que uma escolha leva necessariamente a uma determinada reação. Dessa forma, os pais criam nos pequenos a noção de que eles têm uma grande responsabilidade nas mãos ao escolherem, tornando-os cidadãos mais conscientes.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Matéria de hoje: Infertilidade masculina: causas e tratamentos

Ao contrário do que muita gente pensa, a "culpa" por não conseguir engravidar  nem sempre é da mulher. É comum que os homens sejam responsáveis ou contribuam para a infertilidade conjugal. "Aproximadamente em 35% dos casais inférteis, a causa é de etiologia masculina isoladamente e, em 50 % dos casais estéreis, as causas masculinas estão presentes", afirma Oilton Liberati Vieira, especialista em reprodução humana assistida e diretor médico da Clínica Reproduction da cidade de Presidente Prudente (SP).

Há vários fatores que causam a infertilidade masculina: varicocele (que são veias dilatadas nos testículos); infecções genitais (na próstata, vesículas seminais, epidídimo e testículos); alterações hormonais (como o hipogonadismo); doenças congênitas (criptorquidia); doenças genéticas (microdeleções do cromossomo Y, síndrome de Kleinifelter, etc); fatores ambientais (poluição, estresse, radiações ionizantes, tabagismo); além de causas desconhecidas.

Um casal pode desconfiar de infertilidade depois de um ano sem conseguir engravidar, desde que tenha mantido relações sexuais frequentemente (duas a três vezes por semana) e, claro, sem fazer uso de nenhum método contraceptivo.

Nesse caso, devem sim procurar ajuda de um especialista. O primeiro passo será a chamada história clínica ou anamnese, que serve para identificar alguma provável causa para a infertilidade. Depois, é realizado o exame clínico, que inclui o exame da região genital e de duas ou três análises seminais, com diferença de tempo de aproximadamente 15 e 60 dias uma da outra. "Desta forma, temos uma ideia do ‘padrão’ seminal do paciente. Estas análises devem preferencialmente ser realizadas em centros especializados de reprodução humana", afirma Oilton.

O urologista explica que o tratamento depende da razão para a infertilidade no homem. O médico irá chegar a uma conclusão após avaliar a história clínica e o exame físico do paciente. Assim, o profissional estará capacitado para indicar a melhor solução: cirurgia em casos de varicocele, antibióticos para as infecções, aconselhamento sobre os fatores ambientais, etc. "Porém, nos casos de irreversibilidade ou falha nos tratamentos mais simples, devemos recorrer à inseminação artificial e à fertilização in vitro".

Mas não é certo responsabilizar somente o homem pela esterilidade logo de cara. É importante que a parceira também seja submetida aos exames, ainda que ele sofra de algum problema grave. Isso porque em um terço dos casos existe um fator feminino associado ao masculino - e que interfere na fertilidade dos dois.

Porém, as razões para um casal não conseguir ter filhos vão além de fatores físicos. Se o psicológico não estiver saudável, pode alterar o ciclo hormonal na mulher, impedindo a ovulação e o preparo do endométrio, ou desestimular a espermatogênese (produção de espermatozóides) no homem. O estresse também pode prejudicar essa produção.

Quando o casal quer muito um filho, a própria ansiedade acaba sendo um vilão. Isso para quem resolve fazer sexo com o objetivo único de gerar um bebê, usando até um calendário e a data das últimas menstruações. Aí, a coisa complica. "A relação sexual torna-se obrigação com hora e data definida, acabando com a vida sexual e, às vezes, com a vida conjugal destes casais", alerta o especialista.

Graças a essa pressão, que a cada dia se torna mais comum, surgem outros impedimentos para a tão desejada gravidez, como aponta Oilton. "Aproximadamente 4% das causas de infertilidade masculina são por disfunção sexual erétil (impotência sexual) e distúrbios ejaculatórios (ejaculação precoce, retardada e ausência de ejaculação)". Portanto, talvez a psicoterapia ou a terapia de casais seja uma boa ideia em alguns casos.

De qualquer forma, o apoio da família - e da parceira, em especial - é indispensável e pode ajudar bastante. Afinal, um casal deve compartilhar momentos bons e ruins. "A infertilidade mesmo quando for exclusivamente pelo fator masculino, deve ser encarada como problema conjugal", recomenda o médico.

Para que o tratamento tenha o resultado esperado, é necessário deixar os preconceitos e tabus de lado, como diz Oilton: "É muito importante salientar que infertilidade não significa diminuição ou ausência de virilidade".

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Matéria de hoje: Transformando a casa sem reforma

Que mulher não gosta de mudar - e melhorar - sua casa? Claro, é delicioso ver o lar de cara nova, mais aconchegante, espaçoso, leve. As reformas, porém, são trabalhosas, desconfortáveis, costumam ser caras, e, por vezes, demoradas.

Por isso, transformar o cantinho sem reformas pode ser uma ótima ideia. Não acredita nisso? Então, experimente mexer na disposição de objetos, iluminação, cor e provavelmente terá uma surpresa. Não é preciso fazer uma revolução para dar novos ares a cada ambiente de casa. "Ao colocar flores e vasos diferentes, como por exemplo, uma orquídea num cachepot, ao mudar as almofadas ou mesmo os móveis de lugar, já muda o ambiente sem gastar", afirma Daisy Khappaz, da Hubby - empresa que assessora e organiza obras, reformas, eventos em residências e mudanças, incluindo a montagem da casa.

De fato, rearranjar os móveis e objetos, além de ser uma boa - e econômica - sugestão, ainda é uma forma divertida de transformar o cantinho, como aponta o designer Fábio Galeazzo. "Por vezes, brincar de forma descontraída com a casa, mudando os móveis de local, experimentando as diversas arrumações de um ambiente, pode surpreender".

Ainda falando em dicas que preservam o bolso, mexer com as cores de uma sala, cozinha ou quarto ou mesmo adicionar pinturas aos locais, é, de acordo com o especialista, o "método mais rápido e eficiente" de transformar o lar sem reforma. Essa literal redecoração não costuma ser cara e faz a diferença.

Apostar na força da iluminação é uma boa pedida para modificar cada ambiente. A regra básica é adequar as luzes ao tipo de atividade que a família ou visitas realizarão ali. "Quanto mais claro o ambiente, melhor. Meia luz só para televisão ou quando quiser relaxar, mas com certeza a luz sempre transforma um local", fala Daisy.

É possível também estilizar cada parte da casa, dependendo da intenção. Quer ver? Lâmpadas de cor âmbar em abajures de mesa trazem uma sensação aconchegante a quem se sentar ali. "A iluminação indireta embutida em sancas de gesso ou marcenaria demarca o ambiente e traz ares contemporâneos ao espaço. A última palavra em ousadia são os cortineiros iluminados", cita Fábio. Vale até deixar a simplicidade de lado quando o assunto for a iluminação da sala de jantar. "Lustres são uma vedete, trazem um toque pessoal e de personalidade ao ambiente".

Como o cheiro conta bastante na avaliação geral de um lugar, que tal acrescentar mais uma mudança? Caso você e sua família gostem de odores mais suaves, sprays aromatizantes podem dar um ar de limpeza e bom gosto ao seu lar, além de tornar o ambiente mais leve.

Aliás, investir num clima leve não é difícil. Atitudes simples como deixar o local bem arejado, ter cortinas translúcidas que filtrem a luz, ter uma fonte na sala de estar ou mesmo uma música relaxante ajudam a criar um ambiente gostoso tanto para a família quanto para as visitas e amigos.

Lembre sempre que, quando se trata da redecoração, o estilo de vida não pode ser esquecido. Para pessoas mais despojadas, ambientes multiuso podem ser bem úteis. "Retirar um dos braços do sofá, ou comprá-lo desta forma, dá um ‘quê’ de divã ao ambiente, deixando o local convidativo para um relaxamento nos momentos de introspecção", ensina Fábio.

Antes de transformar sua casa, avalie se ela precisa mesmo de uma reforma ou simplesmente de uma cara nova. Pesquise sobre as mudanças que gostaria de fazer, sem comprometer a renda da família, ou a sua (caso more sozinha). E então dê o seu máximo e deixe o lar com a sua cara! Além de você ficar satisfeita, seu bolso agradece.

Dicas de organização que redecoram
- Guarda roupa: tenha sempre cabides iguais, coloque toda a roupa dobrada em pilhas sempre dobradas do mesmo tamanho e, de preferência, separe por cores, colocando da mais escura para a mais clara

- Quarto de dormir: opte por tê-lo sempre com poucos objetos, aqueles que você gosta, assim seu quarto será sempre arrumado e confortável

- Local para trabalhar/escritório: o lugar de trabalho pode ser qualquer canto, desde que seja organizado - papéis sempre empilhados, canetas a disposição, mas em um só lugar. O ideal é separar o lugar de descanso do lugar de trabalho

Fonte: Daisy Khappaz, da Hubby

Por Priscilla Nery (MBPress)

Veja a matéria no Vila Mulher

"Examinem tudo...

... (mas) retenham só o bem".

Esse versículo de 1 Tessalonicenses 5:21 é mesmo o máximo!

Veja porque...

 - Quando somos crianças, os pais podem errar - aí, olhamos e pensamos: nunca vou fazer isso com meu filho.

- Depois, são os professores que erram - e pensamos: nunca serei professor! (ahuahuaha zueraa)

- Nossos amigos nos detonam pelas costas (baseado em fatos reais...) - e pensamos: não teremos mais amigos, nem vamos confiar em ninguém! Mas depois descobrimos que isso é meio que impossível.

- Se um líder espiritual erra, achamos um absurdo - mas esse é o caminho para que ele também aprenda conosco.

 - Quando nosso chefe erra, temos vontade de sair da empresa - aí, pensamos: esse cara não serve pra ser meu chefe. Mas seria bom pensarmos nas responsabilidades que ele tem.

Os erros das pessoas podem nos destruir ou não, só depende de como examinamos. E do que retemos. Reter o bem é ser livre para conversar sobre qualquer assunto, assistir a qualquer filme, ouvir qualquer besteira e, mesmo assim, não se contaminar.

Existem pelo menos dois tipos de pessoas: as que se deixam levar e as que levam!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Comemore o Dia dos Pais com muito amor!

Domingo é comemorado o Dia dos Pais, data em que as famílias costumam se reunir naquele almoço gostoso e dar presentes para aqueles que se dedicaram aos filhos. É um dia feliz para os responsáveis e seus pequenos.

Mas é também um tempo para refletir. Principalmente pela natureza superficial dos relacionamentos entre os pais e filhos que se espalha como uma doença nos dias de hoje.

"Uma recente pesquisa realizada em todo o Brasil com 860 pais de faixas econômicas diversas deixa claro uma diferença entre as concepções educativas e as intervenções concretas deles sobre seus filhos adolescentes. A maioria, 84%, defende que os pais nunca devem acreditar nos filhos. Já 57,4% concordam que os pais têm o direito de dar ‘palpite’ em tudo o que o filho faz", conta o consultor e autor Anderson Cavalcante.

Para ele, esse resultado se deve a uma descrença do responsável em si mesmo, por ter sido ausente na vida da sua criança ou adolescente. A verdade é que os pais têm faltado na vida dos filhos, o que impede que ambos criem vínculos e que confiem uns nos outros. Um exemplo típico são os pais que trabalham demais e não conseguem acompanhar a primeira palavra, o primeiro passo ou beijo de seu filho. A situação piora - e muito - se esse adulto chega em casa e não passa um tempo de qualidade com a criança, adolescente ou jovem, preferindo responder aos e-mails ou assistir algum programa na televisão.

"Sem acompanhamento, o filho não terá condições de desenvolver respeito e admiração pelo seu responsável", diz o consultor. E, de fato, é prejudicial para a família, e até para a sociedade, quando o pequeno não admira seu pai, seja por não conhecê-lo o suficiente para tanto seja porque o adulto não tem muitas atitudes admiráveis.

"Até os sete anos de idade, o caráter da criança é formado, tendo como principais responsáveis a mãe, pai e os professores, nessa ordem", afirma Anderson. Como os menores são como "esponjas" e absorvem tudo como se fosse verdade absoluta até essa idade, é bom vigiar o comportamento dentro de casa. Tudo estará se tornando ensinamento.

Claro que, mesmo nos relacionamentos mais desenvolvidos, existem as situações difíceis, em que o adulto não vai concordar com as escolhas do filho. Isso acontece muito durante a adolescência, época em que o filho começa a questionar tudo e tende a ter comportamentos inusitados e, questionadores.

Aí, o segredo é colocar o amor na frente dos preconceitos e até de uma raiva momentânea e avaliar o caso com cautela. "Quando as opiniões forem muito divergentes, pense que talvez você só adquiriu certa postura por ter vivenciado mais tipos de experiência que seu pequeno. O desafio é respeitarmos e, algumas vezes, apoiarmos nosso filho mesmo não concordando com a escolha que ele fez", sugere Anderson.

Um pai que é exemplo de vida
Mais que um exemplo para a família, o jornalista Francisco Sogari é um exemplo de vida. Após o atropelamento e morte de sua filha Gabriele, de apenas seis anos, ele resolveu tomar uma atitude em vez de viver em luto eterno. Uniu-se à sua esposa, a pedagoga Iracema Sogari, e criou o Instituto Gabi, ONG que atende a 70 crianças e adolescentes deficientes.

"É muito cruel perder um filho, mas eu precisava buscar uma saída para canalizar a dor da perda e fiz isso através de uma ação proativa. Criar o projeto me ajudou muito naquele momento", conta o jornalista.

Ele tem um filho - João Filipe, de 11 anos - e procura dar tempo de qualidade ao pequeno sempre que é possível - normalmente aos finais de semana. Mas, considerando que o pai é aquele que se dedica e se esforça para dar tudo de bom ao filho, ele se sente um pouco "pai" dos pequenos que atende na ONG.
"Acolhemos 70 crianças e adolescentes com deficiência e, sempre que estou com elas, vejo refletido o rosto da minha Gabi. A singeleza das crianças me remete sempre à memória dela. Fisicamente é impossível substituir a presença da minha filha, mas, ao melhorar a qualidade de vida dessas crianças, sinto que estou fazendo por ela", revela.

O outro lado
A relação entre pais e filhos é essencial para que a união da família e para a formação dos pequenos, mas estes também têm sua responsabilidade. "Quando transferimos aos nossos pais a ideia de heroísmo, não podemos impor sobre eles a condição de seres inabaláveis, pois cada pai é um ser como qualquer outro. O que o difere, na verdade, é a forma tão especial como um dia ele se assumiu como pai, como nosso pai", afirma Erika de Souza Bueno, consultora-pedagógica de Língua Portuguesa da empresa Planeta Educação.

No entanto, não se pode negar que os adultos têm a maior parcela dessa responsabilidade, já que são os seres mais maduros e os tutores dos pequenos. Então, é importante que o pai tenha características que despertem a admiração.

"Eu diria que esse pai deve ser íntegro - ter coerência nas suas palavras e ações, falar o que faz e fazer o que diz. Em segundo lugar, precisa ser intenso no que faz, se dedicar ao máximo quando estiver com o filho. E deve fazer tudo isso com muito amor, carinho e sentimento de acolhimento", ensina Anderson, autor do livro "Meu Pai, meu herói".

A presença do responsável é outro ponto essencial. "O mais importante na vida de um pai é sim a presença de um filho. Mas, às vezes, ela não precisa ser física. Eu passo a semana toda praticamente longe do meu filho, mas ele está sempre comigo, no coração", conta Francisco, do Instituto Gabi.

O fundamental é que as duas partes, pais e filhos, estejam cientes de que não são perfeitos e prontos para admitir os erros, perdoar e aprender uns com os outros. A chave para passar por cima das diferenças, ter sensibilidade e até para transformar um incidente doloroso num recomeço - como fez Francisco - é o amor. Com ele, nem pais nem filhos precisam "duelar" para ver seus interesses atendidos. E será um prazer abdicar de alguma coisa para ver o outro feliz.

Obs: Confira a matéria original aqui: http://vilamulher.terra.com.br/comemore-o-dia-dos-pais-com-muito-amor-8-1-55-476.html

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Na dúvida...

Entrei no meu orkut e vi um visitante incomum na listinha... Daí, fucei o perfil da pessoa.

Tenho quase certeza que é um ex-colega, que estudou comigo há muuuuuuuuito tempo atrás, na quarta série do  ensino fundamental. Mas ele não me adicionou, então achei melhor não responder também, num primeiro momento.

Só que eu parei para pensar melhor, e, como uma curiosa assumida, interessada, jornalista, e, o pior de tudo, repórter (rs), eu não pude evitar. Mandei um recaso perguntando se ele é mesmo quem eu penso que é.

Afinal, por que eu tenho que retribuir as coisas na mesma moeda? E qual o problema em perguntar as coisas que eu gostaria de saber? É tão interessante reencontrar pessoas com as quais se conviveu há anos! Ainda mais quando se era criança, apenas. tem gente que muda bastante desde a infância.

Enfim, mandei o recado e fiquei satisfeita. Espero um resposta, mas se ela não vier, sem problemas - estou acostumada com isso, graças a algumas fontes.

Por que estou contando isso aqui? Porque quero propor uma análise de nossos filtros e medos... Não acho certo me conter só por medo do que os outros vou pensar. Na dúvida, sou mais eu, com certeza.