sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Curso de DJ para a terceira idade

No que você pensa quando ouve falar em DJ? Um jovem com calças largas, boné, tênis e uma corrente no pescoço? Pois esqueça o estereótipo. Hoje, esses profissionais não têm apenas um estilo de roupa e tampouco são apenas jovens.



Quem já está na melhor idade também entrou na dança. Duvida? Então saiba que já existe até um curso voltado para quem já passou dos 50 anos e sonha em fazer sucesso mixando sons.

A ideia pioneira foi da escola "E-Djs", em São Paulo. Há dois meses, eles perceberam que havia procura dos cursos por pessoas mais velhas e resolveram implantar aulas especiais para esse público. Nas palavras da DJ Lisa Bueno, diretora do projeto, o objetivo é "resgatar o prazer da música como hobby e profissionalmente. Só depende do rumo que os alunos quiserem tomar".

E parece que investir no pessoal mais velho está dando bons resultados. "Tenho um aluno de 58 anos, DJ Nilson Cotrim, que já toca profissionalmente, e outros sete que estão se preparando", comemora a diretora. De acordo com ela, o sucesso foi possível pelo fato de o universo musical ser tão democrático. "A música não tem idade".

O requisito básico para participar do curso é ter mais de 50 anos. Claro que a força de vontade também conta, como em qualquer processo de aprendizado. Quem tem vontade, disposição e paciência para se dedicar a cada etapa, com certeza já sai na frente.

As aulas são normalmente individuais e não é preciso ter conhecimentos sobre os aparelhos ou mixagem. Tudo será aprendido na escola. Portanto, os assuntos são bem diferenciados: Disparo; Contagem Musical; Equalização Básica; Técnicas de mixagem com cd; Técnicas de mixagem com vinil; Conhecimento de todos os estilos musicais e vertentes; Montagem, regulagem e ligação de equipamentos.

A duração do curso é de quatro meses quando o aluno optar por fazer uma aula por semana. Mas, para quem tem pressa, é possível terminar mais rápido. Basta combinar e marcar duas ou mais aulas na mesma semana.

Acompanhando a exclusividade desse tipo de curso voltado para o público da terceira idade, o preço também é especial (e agora promocional): R$ 180 por mês. Estudantes regulares pagam a mensalidade de R$ 195. Quem se interessou pode entrar em contato pelos telefones (11)3331-0898 ou 3331-0898, ou ainda pelo e-mail: e-djs@e-djs.com.br.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Perdoar é difícil, mas faz bem

Perdoar sempre foi uma das maiores dificuldades nos relacionamentos. Afinal, lidar com sentimentos de indignação, raiva e rancor  é um verdadeiro desafio para qualquer um, seja homem ou mulher, criança ou idoso, pobre ou rico.E o fato de muita gente não se abrir para perdoar de verdade só piora tudo.





Mário Velloso, advogado e autor do livro "O perdão que não vem" (7 Letras, 2008) lembra que não adianta perdoar só "da boca para fora" ou simplesmente agir como se tivesse perdoado o outro. "O perdão não se mede, não se detecta por um sorriso ou uma palavra, desvinculado da atitude interna de realmente entender o que foi feito. Você não precisa concordar ou aplaudir a ofensa, apenas conviver com a tal afronta de uma forma pacífica, sem revanchismo, sem mágoa", afirma.

Provavelmente, se algumas pessoas reconhecessem como perdoar faz bem, iriam se esforçar mais para isso. Não é à toa que sentimos um alívio danado quando liberamos o perdão para alguém; é a resolução de algo que ficou no ar. Nas palavras do autor, "você se livra de uma pendência que atormentava, abre caminho para seu progresso - seja material ou espiritual, e passa a ter uma consciência mais leve, mais fluída".

Além de proporcionar a sensação de paz, de alívio, perdoar pode até nos dar mais tempo livre para pensar nas coisas boas da vida, a família ou amigos. "Enquanto estamos num processo de embate, de confronto, de litígio aberto, vamos nos acostumando a preencher os intervalos das coisas palpáveis que fazemos (tomar banho, comer, trabalhar, dirigir) com pensamentos ruins e destrutivos, que não nos levam a lugar nenhum", observa Mário.

A chave para conseguir dar o passo para perdoar é não se importar com a reação de quem nos prejudicou. Afinal, essa pessoa pode nos ignorar, continuar nos ofendendo e até zombando de nossa atitude. Aí é a hora de pensarmos: será que isso faz alguma diferença? Em grande parte, não faz. Mesmo que o outro não aceite nosso perdão, poderemos desfrutar de uma vida mais leve e, de nossa parte, a situação estará resolvida.

"Ao perdoar, você mostra ao outro que está tomando uma atitude elevada, e o convida a trabalhar uma divergência num patamar superior. Um dia, quem sabe até pela reiteração do perdão, ele há de perceber que a solução conciliatória é vantajosa para todo mundo", acredita o advogado.

Mas então, se perdoar é bom para todos, por que temos tanta dificuldade para tomar essa decisão? Bom, nossa sociedade em geral não estimula tal ação. Pelo contrário, parece que voltamos aos tempos em que a lei era "olho por olho, dente por dente". Muitas vezes, quem perdoa algo grave, por exemplo, é tido como "bobo".

Quando somos ofendidos, sempre vem alguém e cobra um revide, uma vingança nossa. "Isso não ajuda ninguém, e acaba por deixar o perdão como uma forma de solução ‘de segunda linha’, o que é errado", fala o autor. Na verdade, ele deveria ser nossa primeira escolha.

Mário vê ainda o perdão como um processo, com várias fases: da indignação, por vezes da vergonha, passando à raiva, ao ódio mortal, ao desejo de vingança, entre outras. Não dá pra superar tudo isso do dia para a noite. Portanto, às vezes precisamos de um tempo para perdoar sinceramente.

No geral, pedimos perdão porque ficamos com um fardo imenso e pesado ao descobrir que erramos. As coisas pioram bastante se machucamos uma pessoa frágil, que não sabe lidar com isso, ou alguém que amamos.

Seja lá o que aconteça depois do perdão, "sem dúvida seu horizonte ficará mais otimista. Tem tudo para melhorar um relacionamento travado, e é um passo importantíssimo, próprio de quem está mostrando que quer caminhar, quer evoluir e deixar bons exemplos de vida", diz o advogado. Mas, não se iluda. "No campo de batalha, lidar com situações-limite é extremamente difícil, sofrido e penoso. E ali, na agonia do real, não há regra nem recomendação que prevaleça. Apenas, quem sabe, pensar um pouco mais no assunto contribua para encher uma esquecida gaveta do seu coração com uma munição do bem. Nunca se sabe quando precisaremos dela", completa.

Mesmo com todas as dificuldades, o melhor ainda é perdoar. Não é o mais fácil, com certeza. Porém, quase todas as vezes não é o caminho fácil que nos leva mais perto da felicidade. É o caminho certo.

Priscilla Nery (MB Press)

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Má qualidade do ar piora saúde de quem vive em grandes cidades

Morar numa cidade grande como São Paulo tem suas vantagens: lojas de todos os tipos, hospitais mais completos, colégios e universidades, cinema e teatro a qualquer hora. No entanto, a saúde da população em geral não é lá essas coisas, já que todos respiram um ar de qualidade comprometida.



A poluição não é novidade para nenhum morador de cidades mais urbanizadas.

Desde que os carros e fábricas chegaram a alguns locais, vêm despejando no ar mais e mais substâncias que, quando inaladas, fazem mal ao organismo humano. De acordo com o site oficial da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), os poluentes mais presentes na atmosfera são o dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio.

"Os principais problemas que a poluição causa à saúde são os respiratórios e os cardiovasculares", aponta Maria Alenita Oliveira, pneumologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela explica que sintomas como a falta de ar, tosse, queimação, irritação ocular e nasal estão relacionados a regiões com altos índices de poluição.

No geral, em metrópoles, o que mais contribui para diminuir a qualidade do ar é a alta quantidade de veículos. Eles são emissores de monóxido de carbono, que é altamente tóxico, e dióxido de enxofre que, quando inalado em quantidades razoáveis, pode causar irritação e até doenças crônicas no pulmão.

Nas estações frias, a coisa piora. Isso por causa da inversão térmica, um fenômeno no qual o solo esfria, e, por consequência, deixa a camada de ar frio sob a camada de ar quente. O ar quente funciona como uma tampa que impede os poluentes de se dispersarem. Conclusão: eles ficam acumulados na atmosfera.

Assim, com um maior nível de poluentes, as pessoas acabam inalando essas substâncias e sentindo os efeitos. Começam a tossir, espirrar, sentir irritação nos olhos, nariz, garganta, etc. Caso já tenham alguma doença respiratória, sofrem mais ainda com o frio. "É nessa época que os sintomas de males como a asma se manifestam com frequência. Até o número de internações aumenta no outono e inverno", diz Maria Alenita.

Outro tipo de paciente muito afetado pela poluição é aquele que trabalha circulando pelas ruas, como um motorista de ônibus ou um carteiro. "Por ficarem horas expostos à poluição principalmente proveniente dos veículos que trafegam nas grandes cidades, esses profissionais têm maior incidência de problemas respiratórios", afirma a pneumologista. A especialista explica que esses indivíduos também são obrigados a se expor em horários em que a qualidade do ar fica ainda mais baixa que o normal. O período crítico é em torno do meio-dia.

Para fugir de complicações na saúde, especialmente em tempos de frio, é bom tomar alguns cuidados: hidratação rigorosa do organismo, uso de soro fisiológico nos olhos e nas narinas para diminuir a irritação. Quem faz atividades físicas deve preferir o período da manhã ou final da tarde para realizá-las, para não inalar poluentes durante o período crítico.

Além disso, pessoas que sofrem de males respiratórios como bronquite, rinite alérgica ou sinusite precisam redobrar os cuidados, isto é, evitar ambientes com muito pó e ter acompanhamento médico, como ensina a Maria Alenita. "Quem tem essas doenças normalmente apresenta piora dos sintomas nas estações frias. Por isso, é importante procurar o médico assim que o paciente perceber que terá uma crise, por exemplo, para que essa crise seja controlada a tempo e ao implique em internação".

Lembrando que todos podem dar sua contribuição para inverter a situação. Usar o transporte público ou a bicicleta, em vez do carro, e não adquirir produtos com gases que prejudiquem a camada de ozônio são atitudes simples e que podem melhorar a qualidade do ar nas grandes cidades.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Diferença entre autoridade e autoritarismo

A geração que compõe os pais de hoje é famosa por deixar os filhos fazerem o que querem sem repreensão alguma. No entanto, também existem os casais que, ao contrário, usam de qualquer artifício para que seus pequenos obedeçam e reconheçam autoridade neles. Alguns pais e mães chegam a exagerar, punindo crianças e adolescentes em excesso, esquecendo de que eles são seres em formação.

Isso acontece quando os adultos confundem autoridade com autoritarismo.



E será que os dois termos são mesmo diferentes? Para Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial e coordenadora do Curso de Especialização em Neuropedagogia do Instituto SaberCultura, a resposta é sim. "Autoridade não é palavrão. Autoritarismo sim, pois é uma autoridade sem justificativa, que não leva à autonomia e nem à responsabilidade".

Ela explica que agir com autoritarismo é fazer as coisas sem coerência e fundamento. Isso gera medo, raiva, afastamento e desvalorização no filho que foi repreendido dessa forma. "Por esse motivo, as crianças muitas vezes só obedecem se temem grandes castigos, mas certamente não por terem desejo de copiar o modelo familiar e muito menos porque internalizaram valores que as tornarão autônomas, seguras e competentes".

Mais uma vez o fato de os pais serem exemplos de vida e de conduta para suas crianças tem um peso imenso. Quando os responsáveis têm autoridade, são capazes de ensinar o que acreditam ser o melhor caminho a elas; porém, quando não passam valores concretos, acabam confundindo os pequenos e não conseguem definir o que é realmente correto. Assim, estarão formando adolescentes e adultos inseguros.

Para criar bem um filho, a mãe ou pai precisa ter consciência da importância de suas atitudes. Se eles ora proíbem ora permitem determinado comportamento, por exemplo, passam uma mensagem de falta de coerência. Isso será absorvido e levado pela criança boa parte da vida dela. "A observação dos múltiplos exemplos diários da forma de agir dos pais e das consequências desses comportamentos, influencia durante toda a infância a internalização dos valores éticos e morais privilegiados por sua família", diz Maria Irene.

Claro que há momentos em que será necessária a repreensão. Mas precisam ser usados com moderação e aplicados num momento em que o adulto esteja calmo. "Essas atitudes têm realmente o poder de fazê-las parar momentaneamente, principalmente se são usadas esporadicamente pelos pais, mas não têm a vantagem de ensinar novas posturas e comportamentos à criança. Assim elas não desenvolvem responsabilidade e nem autonomia", alerta a especialista.

Como os pais também são seres humanos - e não são perfeitos, claro - eles vão errar. Aí é preciso ter jogo de cintura para ensinar aos pequenos que as regras têm exceções. "Exemplo: se o pai dirigir sempre de modo adequado e em um determinado dia não o fizer dessa forma, a criança ficará confusa se não conhecer a razão de tal comportamento. Se o pai for uma pessoa que age de acordo com os princípios que prega, terá uma explicação coerente para sua atitude e a criança começará a perceber que existem regras e que as exceções justificam a existência e a necessidade de tais normas", fala Maria Irene.

É natural para os filhos ver nos pais a principal referência. Portanto, se os responsáveis agem com coerência, autocontrole e responsabilidade, a chance deles respeitarem sua autoridade aumenta. E, de quebra, eles crescem com mais convicções - e menos crises.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uso excessivo do computador faz mal aos olhos

Depois da popularização da internet, o computador virou mania: muita gente tem e quem não tem, quer ter. Seja para diversão, trabalho ou por praticidade, os PCs e notebooks invadiram casas, escolas, empresas e, hoje, fazem parte da rotina de muita gente, em especial nas cidades.

Só que nem tudo são flores: passar muito tempo na frente do monitor pode prejudicar a saúde.



Isso mesmo. Assim como a TV, o computador também é um dos vilões para a visão, quando usado em excesso. E a coisa complica bastante para quem trabalha na frente de um monitor, pois, de acordo com um estudo do National Institute of Occupational Health and Safety (NIOSH), 90% dos trabalhadores que passam mais de três horas por dia diante da tela do computador acaba tendo algum problema de visão. Workaholics de plantão precisam de atenção redobrada.

"Imagine o que acontece com aqueles que passam entre 10 e 12 horas no trabalho. Quando chegam em casa, muitos ainda ligam o computador. Sem perceber, a médio prazo acabam comprometendo também sua performance no ambiente de trabalho, além da visão e da saúde como um todo", afirma o oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

São vários os males causados pelo uso exagerado do computador ou da TV: síndrome do olho seco, fadiga e irritação nos olhos. "A superexposição sem que sejam tomados os cuidados necessários também pode agravar problemas já existentes, resultando em aumento de graus/dificuldade em enxergar, bem como favorecer o aparecimento de tremores involuntários da pálpebra, dificuldade de concentração e dores de cabeça", alerta o oftalmologista.

"Além dos problemas de visão, vários estudos associam o uso excessivo de computador à síndrome metabólica, obesidade, sedentarismo, problemas de relacionamento interpessoal, etc.", completa.

Pessoas de qualquer faixa etária podem ser prejudicadas, e não somente aquelas que trabalham demais. As crianças, por exemplo, podem não passar muito tempo na frente do monitor, mas algumas ficam horas e horas assistindo a desenhos animados ou jogando videogame. Então, é preciso que os pais fiquem de olho no tempo que seus pequenos dedicam a essas atividades.

Existe um perfil de pessoas mais predispostas a desenvolver algum sintoma ou doença por causa do computador. "Na infância e adolescência, são aqueles que passam horas a fio jogando videogame ou jogos de computador. Já na fase adulta, são pessoas que usam o computador como ferramenta de trabalho e acabam estendendo seu uso para se comunicar com amigos e se divertir", explica o médico.

Como não existe um estudo que aponte qual é a quantidade de tempo ideal para que alguém fique na frente do PC ou da TV sem comprometer a saúde, é difícil estabelecer uma rotina saudável. Porém, há alguns cuidados que podemos tomar para evitar ou pelo menos minimizar os danos que isso causa. O mais importante "é a pessoa se conscientizar de que seus olhos merecem mais atenção", diz Renato.

Confira as dicas do especialista:

- Nunca posicione seu computador diante de uma janela. O excesso de luz na direção dos olhos favorecerá a visão dupla
- Evite utilizar o computador em ambiente de baixa luminosidade. O contraste com a luz emitida pelo monitor é altamente prejudicial à visão
- Dê preferência a um ambiente de trabalho arejado e bem-iluminado. A opção por lâmpadas incandescentes é mais saudável
- Procure estabelecer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho para piscar bastante. Essa medida favorece a lubrificação dos olhos, evitando a síndrome do olho seco e irritações
- Depois do almoço, feche os olhos por quinze minutos para descansar a visão e equilibrar o estado emocional. Isso deve se tornar uma rotina, principalmente para quem enfrenta longas jornadas de trabalho diante do monitor
- Garanta uma boa hidratação do corpo e, sempre que necessário, pingue lágrimas artificiais para lubrificar o globo ocular
- Não se acostume com os problemas de visão que vão surgindo com o tempo. Até os 40 anos, é importante fazer um check-up completo da visão de três em três anos. Depois dos 40 anos os exames passam a ser anuais.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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