Acordo na terça-feira da semana passada, dia do primeiro jogo do Brasil nesta Copa do Mundo de 2010, morrendo de dor de cabeça. Não consigo nem levantar cedo para ir para a faculdade (e nem precisava, mas, se tivesse levantado, teria ido).
Quando tomo coragem e me levanto, vencendo o cansaço e a dor, me sinto melhor. Até pegar o metrô, na nossa querida linha azul, e passar por certa estação já no fim do meu trajeto. Ali, embarcam três seres gritantes, vestidos de verde e amarelo.
Nada contra torcer pelo Brasil, mas aquelas pessoas estavam armadas com vuvuzelas. Aí, já era de se esperar, fizeram eu me lembrar da dor de cabeça e querer pular do vagão do metrô. Mas o que me deixou mais indignada foram as palavras de um deles: "vamos parar de fazer barulho, que aqui ninguém é brasileiro, ninguém tem que ouvir isso, não. Aqui é todo mundo argentino".
Diante disso, não pude deixar de refletir um pouco: quer dizer que, para ser brasileira, preciso sair por aí com vuvuzelas em dia de jogo? Ou, pior ainda, brasileiro tem que gostar de bagunça? Tenho certeza que não!
Desculpem, mas esse falso patriotismo me irrita. Por que não nos unimos também para eleger alguém descente para governar nosso país ou para ao menos tentar fazer isso? Por que não nos unimos contra o preconceito e a violência?
É de se pensar, realmente.
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