quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Paradoxo

Desde bebê, quando estamos com sono, lutamos contra ele. Mas podemos dormir.

Procuramos incertezas. Coisas que não queremos sentir.

Como disse Paulo, "o bem que eu quero, esse não faço. O mal, que não quero, esse faço". É tão interessante essa afirmação... O bem pode ser algo que não nos levará ao caminho certo, como está em Eclesiastes - há um caminho que ao homem parece bom, mas ao seu fim é caminho de morte. Ou pode ainda ser o bem de verdade, mas que ele não consegue praticar porque está preso a alguma coisa.

Esperamos tanto por certas coisas e, quando elas finalmente vêm, já não fazem sentido.

Podemos até tomar decisões, saber que estão certas, mas não entender porque as tomamos!

Isso angustia, é estranho demais. Somos todos paradoxos por dentro. E alguns são também por fora.

Queria entender porque não consigo simplesmente desistir quando não tenho mais forças. Porque choro de vez em quando. Porque tudo mudou tanto.

Passa por mim o vento. Como ele, não vejo minha fé, mas posso sentir.