domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mudanças nas regras de reprodução assistida

A tecnologia evoluiu rapidamente nos últimos anos, em especial no que diz respeito à reprodução assistida. Porém, até o ano passado, não havia normas para algumas questões que sempre geraram dúvidas e mexeram com valores morais e com a ética médica.

Uma delas era o fato de somente casais terem o direito de recorrer às técnicas artificiais de reprodução. A Resolução aprovada no último dia 06 de janeiro afirma que "todas as pessoas capazes, que tenham solicitado o procedimento e cuja indicação não se afaste dos limites desta resolução, podem ser receptoras das técnicas de reprodução assistida, desde que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo, mediante legislação vigente".

Então, agora os solteiros estão liberados para ter filhos através desse método.

E, mais que isso, casais homossexuais também estão inclusos nas "pessoas capazes". "Porém, de acordo com nossa Constituição, quem tem direitos sobre o filho é a mãe, a pessoa que deu à luz", afirma o obstetra Gustavo Kröger, especialista em Reprodução Humana da clínica "Genics Medicina Reprodutiva e Genômica", em São Paulo.

O ginecologista explica que isso pode trazer algumas complicações para casais gays. Se forem duas mulheres, uma delas poderá gerar o bebê, e será oficialmente a mãe. Porém, a outra deverá recorrer à Justiça para ter direito sobre a criança.

Se o casal for do sexo masculino, a coisa é um pouco mais delicada. "Os dois precisarão de um útero e óvulo ‘emprestados’. E, por lei, só um parente de até segundo grau jurídico pode gerar o filho para esse casal, o que restringe as possibilidades praticamente à mãe, avó ou irmã", diz Gustavo. A restrição serve para evitar a exploração de pessoas mais pobres por meio das "barrigas de aluguel".

A segunda mudança importante nas regras de reprodução assistida no Brasil tem relação com o número de embriões que podem ser utilizados para que uma mulher tente engravidar. Antes, o número padrão era quatro óvulos fecundados para cada mulher - já que essa quantidade daria mais chances de pelo menos um embrião conseguir se desenvolver e chegar até o fim da gestação.

Com a nova Resolução, o número de embriões que pode ser utilizado depende da idade da mulher: se tiver até 35 anos, tem direito a dois; de 36 a 39, três no máximo. Somente aquelas que tiverem mais de 40 anos terão até quatro embriões disponíveis para tentar realizar o sonho de serem mães. "Isso acontece porque mulheres mais maduras têm menos chances de engravidar com a reprodução assistida", comenta o especialista.

Agora, o material genético de pessoas mortas também poderá ser utilizado - ou seja, elas poderão ter filhos após a morte. Mas, para isso, precisam ter deixado uma autorização por escrito.

Portanto, quem procura clínicas para congelar óvulos, espermatozoides ou embriões terá que deixar por escrito seu desejo, caso venha a morrer antes de usar o material.

No entanto, é aconselhável pensar em assuntos como herança, patrimônio, maternidade e paternidade afetiva antes de optar pelo uso do material genético de alguém que já morreu.

O especialista em reprodução humana acredita que, com essas recomendações, "a lei oficializou medidas de bom senso". É importante que um casal, ou mesmo um solteiro, pense muito e avalie todas as implicações, além das possíveis consequências antes de procurar uma clínica de fertilização para ter um filho. Será uma responsabilidade para toda a vida.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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O que muda com as novas medidas de roupas?

Atire a primeira pedra quem nunca teve vontade de comprar a parte de cima de um conjunto e a parte de baixo de outro por causa do tamanho! O ruim é que, muitas vezes, isso não é possível.


Pelo menos por enquanto.Tudo porque o padrão de medidas para roupas femininas que conhecemos aqui no Brasil está com os dias contados. A partir desse mês fabricantes e lojistas iniciam os debates sobre as novas medidas, mudança que pode entrar em vigor ainda em 2011.

Para a consultora de moda Bia Kawasaki, "o padrão com certeza será instrumento facilitador na hora da compra de peças para o próprio guarda roupa ou na hora de presentear alguém. Haverá uma mudança de hábitos. Teremos nossas medidas anotadas em uma agenda, por exemplo."

Dentre as principais mudanças está o padrão que pode substituir as numerações atuais das roupas. Ele será mais complexo, pois vai contar com nada menos que 22 medidas. Mas calma. As já conhecidas por aqui devem coexistir com as novas nas etiquetas, por enquanto. Só após alguns anos é que devem ser totalmente banidas.

Outra coisa: os conjuntos de duas peças serão vendidos separadamente. Hoje, algumas lojas já oferecem biquínis com peças avulsas, e isso deve ser expandido para terninhos, tailleurs, etc. Agora, quem tem o busto maior e quadris menores - ou vice-versa - vai encontrar menos dificuldades na hora das compras.

Apesar de ser novidade no Brasil, o sistema de medidas existe na Europa e Estados Unidos há décadas. "O objetivo claro é acertar com mais exatidão a relação entre modelagem plana e biotipo real dos consumidores", acredita Bia. "Esta medida facilitará as vendas como um todo, principalmente o comércio de vestuário on line, e também desafogará o trânsito nos provadores (lojas de biquínis e lingerie não precisarão mais deles, ponto positivo para a higiene!)", completa.

Já para os fabricantes, a notícia não é tão boa assim. A expectativa é que, no começo, haja um aumento de custo no sistema de produção, principalmente no quesito modelagem/estoque. A dica para eles é pesquisar a diversidade corporal de suas clientes e começar as adaptações.

Veja, abaixo, uma lista com as medidas que devem entrar em vigor em breve:

Estatura: De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), essa é a medida mais importante. Será considerada para a fabricação da maioria das peças.

Ombro a ombro: A medida vai de uma extremidade a outra das costas. Será fundamental na fabricação de blazers, blusas e vestidos.

Comprimento do braço: Será considerado em blazers e camisas.

Busto: Será levado em conta para as seguintes peças: blazers, blusas e vestidos.

Quadril: Precisará ser medido para a escolha correta de vestidos, calcinhas, saias, calças e bermudas.

Cintura: Também será importante para a compra de vestidos, calcinhas, saias, calças e bermudas.

Perna: Medida responsável pelo tamanho da lateral da calça.

Frente e verso: Para a produção de blazers.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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Entender X Acreditar

Algumas situações são tão difíceis que é difícil pensar que vão passar um dia.
Algumas pessoas são tão amadas que machucam quem não deveriam.

Como eu gostaria de saber o que eu não sei... Como adoraria entender o porquê de tudo isso, ou pelo menos poder perguntar! Acho que esse é um dos meus piores defeitos: querer saber as razões de tudo, quando nem tudo tem uma razão. Pelo menos não uma que seja compreensível, suportável ou... humana.

Eu não quero mais viver sem acreditar. Não quero que meus dias passem vazios, sem Deus, sem amor, sem a verdade. Não quero esquecer aquilo que sempre aprendi. Não quero desperdiçar a vida, o bônus que Jesus me deu há alguns anos.

Mas não sei se aceito pagar certos preços, por pessoas e situações que talvez não valham a pena. Nem o meu choro. Nem mesmo minhas palavras.

Eu, um ser humano extremamente cuidadoso, desconfiado, perdi algumas qualidades e talvez o tato para perceber quando uma proposta não é verdadeira.

Agora, espero, sim. Que Deus olhe para mim, me ouça mais uma vez e que eu recupere essas qualidades que aprendi, que com dificuldade adquiri. Assim como um vaso, preciso ser quebrada e refeita. Provavelmente com um novo material, mais forte e resistente.